O maior legado de Cornélio de Arzão para a colonização e desenvolvimento
do território brasileiro foi, inegavelmente, sua descendência. Deixou seis
filhos, três mulheres e três homens. Todas essas linhagens, à exceção de duas,
as de D. Maria de Arzão e D. Suzana Rodrigues de Arzão, se destacaram como
sendo de grandes sertanistas. Muitos de seus membros se ofereceram para comandar ou acompanhar
as inúmeras bandeiras pelo interior do imenso território desconhecido. Elas foram
iniciadas no último quartel do século XVI e incrementadas durante todo o século
XVII, a pedido da Coroa, que desejava, assim, se apossar de terras dentro e
fora do que havia sido demarcado pelo Tratado de Tordesilhas. O fenômeno do
sertanismo começou pouco após o descobrimento do Brasil, quando as primeiras
expedições iniciaram o reconhecimento do vasto sertão inóspito. O bandeirismo é
o sertanismo oficial, organizado em rígida estrutura militar, em que havia um
oficial porta-bandeira, símbolo daquela expedição.
Alguns consideram o bandeirismo uma espécie de banditismo, onde os
paulistas serviram apenas para destruir as diversas populações indígenas,
promovendo um verdadeiro genocídio e escravizando uma boa parte dos índios
adultos, mulheres e crianças. Não compartilhamos desta posição, que, a nosso
ver, tem muito de ranço ideológico. Houve excessos e mortandade de índios? Sim
houve, por diversas razões, mas em muito menor grau do que nas colônias
espanholas. Os paulistas eram movidos pelo desejo de encontrar ouro, prata e
pedras preciosas, como ademais todos os estrangeiros que aqui aportavam, como
franceses, ingleses, holandeses, alemães, etc. Sonhavam com o Eldorado ou com a
já celebrada serra do Potosi, na Bolívia, montanha praticamente só composta por
prata.
Potosí tornou-se a cidade mais rica do mundo, em meados do século XVII, com uma população tão numerosa só perdendo para a de Paris. Sem dúvida, os índios da região, de origem inca, foram escravizados e eram os que transportavam nas costas até 29 quilos de prata por dia. Muitos morreram de doenças, fome, quedas, exaustão e inanição.
Os paulistas não eram assim. Escravizavam índios, sim, e os traziam para São Paulo e outras cidades próximas para trabalhos domésticos, conhecedores que eram de que os índios não tinham a resistência física e a capacidade de trabalho dos escravos negros. Eram pouco utilizados no trabalho de engenhos de cana de açúcar, dada sua inadaptação a tal atividade e a elevada frequência com que abandonavam o trabalho e fugiam para o sertão. A escravidão fazia parte do espírito da época. Aliás, ela existe desde a mais remota Antiguidade e é encontrada é todas as culturas, povos e religiões, inclusive nas "do livro", isto é, no Judaísmo, Cristianismo e Islamismo.
Os jesuítas eram contrários à escravidão índia, mas diversos historiadores relatam, baseados em documentos, que os índios das missões, do Guairá, do Itatim e do Tape trabalhavam como uma espécie de escravos para eles nas localidades onde havia população maior e nas vilas. Havia uma autoridade jesuítica, havia normas que deviam ser rigidamente seguidas, não se admitiam insubordinações, os índios eram catequizados e, praticamente, obrigados a seguir a religião católica. Tinham também de fazer as tarefas domésticas nas casas, nas vias públicas e nas roças. Isso, sem sombra de dúvida, era uma forma de escravização. Evidentemente, de forma bem mais branda que as autoridades e a população espanhola e portuguesa submetiam os povos dominados. Mas, de qualquer forma, uma escravização.
As autoridades portuguesas estimulavam incursões pelos sertões bravios em busca de riquezas e muitos consideravam o aprisionamento de índios mais importante do que o ouro, prata e pedras. Algumas entradas no século XVI já tinham voltado trazendo ouro. No início do século XVII, foi encontrado ouro não muito distante de São Paulo. Cidades como Santana do Parnaíba, Itu, Taubaté, Bauru, foram sendo construídas e serviam como pontos de avanço para o sertão.
O ouro em Minas Gerais só veio a ser descoberto, em quantidades economicamente viáveis no último quartel do século XVII. Na busca pelo ouro, os paulistas desbravaram, colonizaram, trouxeram o desenvolvimento para a terra incógnita e ampliaram o território da Coroa portuguesa. Sem eles o Brasil continuaria dentro do traçado exíguo da linha do Tratado de Tordesilhas.
É preciso reconhecer o valor daqueles homens de ferro, destemidos, que enfrentaram as mais difíceis condições de sobrevivência para se deslocar pelas terras inóspitas e hostis. Muitos eram tocaiados e mortos por índios bravios. A região era já povoada por diversas nações indígenas que fugiram do litoral em decorrência das guerras movidas pelos portugueses contra tribos insubmissas, mas também por causa de guerras entre as próprias tribos. Muitos dos índios já aculturados e vivendo entre portugueses e paulistas, se apresentavam voluntariamente para participar das expedições. Com os conhecimentos que tinham da região, conhecendo diversas línguas e os costumes daqueles povos, eles foram de crucial importância no sucesso de muitas bandeiras.
Devemos apontar os excessos cometidos por alguns, mas é necessário reconhecer o imenso valor que esses homens tiveram na formação do Brasil de hoje. Havia todo um espírito de desbravamento que contaminara todas as cortes europeias, em particular as ibéricas. Até o papado, em Roma, estimulava essas incursões pelos territórios desconhecidos, não só em busca de riquezas, mas também em busca de almas para serem catequizadas, batizadas e convertidas ao catolicismo. Era uma imposição que vinha das maiores autoridades do continente europeu e os bandeirantes paulistas não podem, sozinhos, responder pelos excessos que houveram. Todo o mundo civilizado vivia num clima de descobertas e arrebanhar pessoas para sua causa e religião. Era uma imposição dos tempos. Temos de reconhecer que o Brasil de hoje, com seu traçado atual, deve, em grande parte, sua extensão territorial ao trabalho desses homens corajosos, que deixavam famílias, casas, fazendas, e todos os bens que possuíam, para se embrenhar numa aventura da qual não sabiam se sairiam vivos.
Alguns foram cruéis, tiranos, desumanos, dentre os quais o mais conhecido foi Domingos Jorge Velho, que fez incursões contra os índios tapuias do Nordeste, trucidando populações inteiras. Não é o mesmo caso de um Rapôso Tavares, Fernão Dias Pais, Manoel Rodrigues de Arzão e Antônio Rodrigues de Arzão. Sobre Rapôso Tavares, considerado o maior bandeirante e sertanista brasileiro, o grande historiador português Jaime Cortesão, quando de seu exílio no Brasil, nas décadas de 1940/50, escreveu um trabalho antológico, intitulado Rapôso Tavares e a Formação Territorial do Brasil (Rio de Janeiro. Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura, 1958), que traça a biografia definitiva deste grande e injustiçado bandeirante. Revela Cortesão, nessa obra, toda a ideologia e o espírito de desbravamento que havia entre as potências ocidentais, estimuladas pelo papado, na conquista de novas terras e de novas almas, que, de alguma forma, iriam aumentar a renda das nações e os dízimos da Igreja.
Potosí tornou-se a cidade mais rica do mundo, em meados do século XVII, com uma população tão numerosa só perdendo para a de Paris. Sem dúvida, os índios da região, de origem inca, foram escravizados e eram os que transportavam nas costas até 29 quilos de prata por dia. Muitos morreram de doenças, fome, quedas, exaustão e inanição.
Os paulistas não eram assim. Escravizavam índios, sim, e os traziam para São Paulo e outras cidades próximas para trabalhos domésticos, conhecedores que eram de que os índios não tinham a resistência física e a capacidade de trabalho dos escravos negros. Eram pouco utilizados no trabalho de engenhos de cana de açúcar, dada sua inadaptação a tal atividade e a elevada frequência com que abandonavam o trabalho e fugiam para o sertão. A escravidão fazia parte do espírito da época. Aliás, ela existe desde a mais remota Antiguidade e é encontrada é todas as culturas, povos e religiões, inclusive nas "do livro", isto é, no Judaísmo, Cristianismo e Islamismo.
Os jesuítas eram contrários à escravidão índia, mas diversos historiadores relatam, baseados em documentos, que os índios das missões, do Guairá, do Itatim e do Tape trabalhavam como uma espécie de escravos para eles nas localidades onde havia população maior e nas vilas. Havia uma autoridade jesuítica, havia normas que deviam ser rigidamente seguidas, não se admitiam insubordinações, os índios eram catequizados e, praticamente, obrigados a seguir a religião católica. Tinham também de fazer as tarefas domésticas nas casas, nas vias públicas e nas roças. Isso, sem sombra de dúvida, era uma forma de escravização. Evidentemente, de forma bem mais branda que as autoridades e a população espanhola e portuguesa submetiam os povos dominados. Mas, de qualquer forma, uma escravização.
As autoridades portuguesas estimulavam incursões pelos sertões bravios em busca de riquezas e muitos consideravam o aprisionamento de índios mais importante do que o ouro, prata e pedras. Algumas entradas no século XVI já tinham voltado trazendo ouro. No início do século XVII, foi encontrado ouro não muito distante de São Paulo. Cidades como Santana do Parnaíba, Itu, Taubaté, Bauru, foram sendo construídas e serviam como pontos de avanço para o sertão.
O ouro em Minas Gerais só veio a ser descoberto, em quantidades economicamente viáveis no último quartel do século XVII. Na busca pelo ouro, os paulistas desbravaram, colonizaram, trouxeram o desenvolvimento para a terra incógnita e ampliaram o território da Coroa portuguesa. Sem eles o Brasil continuaria dentro do traçado exíguo da linha do Tratado de Tordesilhas.
É preciso reconhecer o valor daqueles homens de ferro, destemidos, que enfrentaram as mais difíceis condições de sobrevivência para se deslocar pelas terras inóspitas e hostis. Muitos eram tocaiados e mortos por índios bravios. A região era já povoada por diversas nações indígenas que fugiram do litoral em decorrência das guerras movidas pelos portugueses contra tribos insubmissas, mas também por causa de guerras entre as próprias tribos. Muitos dos índios já aculturados e vivendo entre portugueses e paulistas, se apresentavam voluntariamente para participar das expedições. Com os conhecimentos que tinham da região, conhecendo diversas línguas e os costumes daqueles povos, eles foram de crucial importância no sucesso de muitas bandeiras.
Devemos apontar os excessos cometidos por alguns, mas é necessário reconhecer o imenso valor que esses homens tiveram na formação do Brasil de hoje. Havia todo um espírito de desbravamento que contaminara todas as cortes europeias, em particular as ibéricas. Até o papado, em Roma, estimulava essas incursões pelos territórios desconhecidos, não só em busca de riquezas, mas também em busca de almas para serem catequizadas, batizadas e convertidas ao catolicismo. Era uma imposição que vinha das maiores autoridades do continente europeu e os bandeirantes paulistas não podem, sozinhos, responder pelos excessos que houveram. Todo o mundo civilizado vivia num clima de descobertas e arrebanhar pessoas para sua causa e religião. Era uma imposição dos tempos. Temos de reconhecer que o Brasil de hoje, com seu traçado atual, deve, em grande parte, sua extensão territorial ao trabalho desses homens corajosos, que deixavam famílias, casas, fazendas, e todos os bens que possuíam, para se embrenhar numa aventura da qual não sabiam se sairiam vivos.
Alguns foram cruéis, tiranos, desumanos, dentre os quais o mais conhecido foi Domingos Jorge Velho, que fez incursões contra os índios tapuias do Nordeste, trucidando populações inteiras. Não é o mesmo caso de um Rapôso Tavares, Fernão Dias Pais, Manoel Rodrigues de Arzão e Antônio Rodrigues de Arzão. Sobre Rapôso Tavares, considerado o maior bandeirante e sertanista brasileiro, o grande historiador português Jaime Cortesão, quando de seu exílio no Brasil, nas décadas de 1940/50, escreveu um trabalho antológico, intitulado Rapôso Tavares e a Formação Territorial do Brasil (Rio de Janeiro. Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura, 1958), que traça a biografia definitiva deste grande e injustiçado bandeirante. Revela Cortesão, nessa obra, toda a ideologia e o espírito de desbravamento que havia entre as potências ocidentais, estimuladas pelo papado, na conquista de novas terras e de novas almas, que, de alguma forma, iriam aumentar a renda das nações e os dízimos da Igreja.
Voltemos à descendência de Cornélio de Arzão. Como escrevemos acima, ele
teve seis filhos. Segundo os dados obtidos do seu inventário e registrados no
Cartório de Órfãos 1º. de São Paulo, em 1628, foram enumerados por Silva Leme
em sua Genealogia Paulistana. Na frente do nome
de cada um deles foi aposta a abreviatura de Capítulo ou Caput (Cap.), significando isso
que eram os cabeças ou patriarcas de grandes e numerosas linhagens.
Rememorando, aqui estão seus seis filhos:
1- D. Maria de Arzão (Cap. 1º.)
2- Manuel Rodrigues de Arzão (Cap.
2º.)
3- D. Ana Rodrigues de Arzão
(Cap. 3º.)
4- D. Suzana Rodrigues de Arzão
(Cap. 4º.)
5- Braz Rodrigues de Arzão (Cap.
5º.)
6- Cornélio Rodrigues de Arzão
(Cap. 6º.)
Azevedo Marques apenas cita os nomes dos filhos, mas Silva Leme dedica à
descendência de Cornélio de Arzão um dos capítulos de destaque de sua Genealogia Paulistana. Considera o
tronco dos Arzão como um dos mais importantes dos sertanistas e bandeiristas, atividade,
como vimos, em plena expansão no Brasil, no início do século XVII. Faz uma
extensa descrição da linhagem da família Arzam (Arzão) que simplificamos no
quadro apresentado ao final deste capítulo, elaborado com acréscimos e
adaptações de Carlos Cunha Corrêa, em Serra
da Saudade (pp. 216-219). Na sequência desta linhagem, Silva Leme inclui o
entrelaçamento com a família Corrêa, oriunda de Portugal, na primeira metade do
século XVII, que de São Paulo se deslocou, com as bandeiras, para o sertão de Minas
Gerais, no século XVIII. O que descrevemos a seguir, é um acompanhamento, de
forma simplificada, da Genealogia
Paulistana, já que se elaborado de forma mais extensa, cansaríamos o leitor
com informações não relevantes aos nossos propósitos nesta obra.
Dos filhos de Cornélio de Arzão, a primeira, D. Maria de Arzão (Cap.
1º.), a única referência que Silva Leme faz é que tinha 25 anos em 1638,
portanto nascera em 1615.
O segundo filho de Cornélio de Arzão foi Manoel Rodrigues de Arzão (Cap.
2º.), que se notabilizou como sertanista. Em 1642 casou-se em São Paulo com
Maria Affonso de Azevedo, filha de João Peres Cañamares (Callamares) e de
Margarida Fernandes. Faleceu em 1700, com a idade provecta, para a época, de 83
anos (calculando-se que tenha nascido em 1617, dois anos após sua irmã mais
velha).
Manoel
Rodrigues de Arzão foi um dos grandes sertanistas e bandeiristas paulistas, com
destaque especial no século XVII. Sobre ele nos diz Francisco de Assis Carvalho
Franco, em Dicionário de Bandeirantes e
Sertanistas do Brasil. Belo Horizonte. Itatiaia. São Paulo. Editora da
Universidade de São Paulo, 1989 (p. 46):
"Filho de Cornélio de Arzão, acima
referido, e de sua mulher Elvira Rodrigues, nasceu em São Paulo cerca de 1617,
tendo-se casado em 1642 com Maria Afonso de Azevedo, filha de João Peres
Cañamares (ou Callamares). Foi capitão e administrador da aldeia de índios do
real padroado de Barueri, por patente do governador-geral do Brasil, de 5 de
outubro de 1671 e pelo mesmo delegado régio nomeado para capitão da infantaria
da ordenança da vila de São Paulo, por patente de 6 de outubro de 1677. Tomou
parte em diversas entradas, sendo considerado grande sertanista e dentre tais
diligências sabemos de uma em 1662, em diretriz não especificada, mas que
supomos fosse para os sertões dos Cataguazes, pois os membros da família Arzão,
quase todos, foram grandes práticos na caçada de tais indígenas. No começo do
século XVIII o soberano português resolveu fazer um seu representante assistir
à repartição das datas minerais, nos descobrimentos de ouro, escolhendo a que
devia pertencer à coroa real e fazendo-a lavrar à custa da respectiva fazenda.
Semelhante encargo, que pelo regimento de 3 de março de 1700 devia caber ao
guarda-mor, passou assim a ser atribuído às pessoas mais em evidência perante o
governo e o primeiro lembrado para designar esse representante, foi Manoel
Rodrigues de Arzão, que pelas cartas régias de 30 de janeiro e 26 de março de
1701 ainda teve a distinção de que fosse pessoa da sua família o escolhido. Tão
grande consideração do governo mereceu um registo especial na câmara da vila de
São Paulo, mandado fazer pelo guarda-mor, bisneto de Manuel de Arzão, Baltazar
Rodrigues Borba, em 28 de junho de 1765. Ocupou ainda Manoel Rodrigues de Arzão
vários cargos do governo da vila e veio a falecer em 1700, deixando geração
(Silva Leme – Genealogia – VII, 316.
– Ellis Junior – O bandeirismo, cit.,
253. – Registo Geral – III, 277. –
XI, 145. – Inventários e Testamentos
– XXVI, 142. – Documentos Históricos
– XII, 167. – Documentos Interessantes
– LI, 342. – Sesmarias – I, 367)."
Na descrição de Silva Leme (Vol. VII, p. 317), Manoel Rodrigues de
Arzão teve os seguintes filhos legítimos (netos de Cornélio):
1-1 Maria Rodrigues de Arzão § 1.º
1-2 Izabel Rodrigues de Arzão § 2.º
1-3 Manoel Rodrigues de Arzão (o moço) § 3.º
1-4 Paulina de Arzão § 4.º
1-5 João Peres Callamares § 5.º
1-6 Salvador Rodrigues de Arzão § 6.º
1-7 Antonio Rodrigues de Arzão § 7.º
1-8 Maria Affonso de Arzão § 8.º
1-9 Suzanna Rodrigues de Arzão § 9.º
1-10 Francisco de Arzão § 10.º
e um natural:
e um natural:
1-11 Sebastião Rodrigues de Arzão § 11.º
De cada um dos filhos
de Manoel Rodrigues de Arzão, a Genealogia
Paulistana, continua descrevendo a descendência:
§ 1o. (Dos filhos
de Maria Rodrigues de Arzão)
1-1 Maria
Rodrigues de Arzão foi casada com Manoel da Rosa Guedes, falecido em 1718. Tiveram
os seguintes filhos:
2-1 Manoel Rosa de Arzão (bisneto de
Cornélio) casou-se, em 1706, em Itu, com Maria de Moraes Navarro, filha de Carlos
de Moraes Navarro e de Maria Raposo, tendo se tornado também um destacado
bandeirista. Carvalho Franco, em seu já citado Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil, dele nos fala
(p. 46):
"Filho de Manoel da Rosa Guedes e de sua
mulher Maria Rodrigues de Arzão, distinguiu-se sobremodo nos primeiros
descobrimentos de ouro das Minas-Gerais, sendo nomeado capitão de auxiliares da
capitania de São Paulo, por patente do governador Artur de Sá e Meneses, de 25
de fevereiro de 1705. Esse paulista foi casado com 1706, em Itu, com Maria de
Morais Navarro, neta de Antônio Raposo Tavares (Silva Leme – Genealogia – VII, 316. – Documentos Interessantes – LI, 345)."
2-2 Francisco da Rosa Arzão. Carvalho Franco assim se refere a ele (Op.
cit. p. 45): “Sertanista nas Minas-Gerais que realizou várias entradas na
pesquisa de minas, por ordem do governo, sendo a última em 1714 (Rev. Arq. Pub.
Mineiro – XXI, 685)”.
2-3 Domingos Gomes Albernaz, falecido
em 1750, foi casado em 1728 em São Paulo com Maria Paes de Oliveira, falecida
em 1766, filha de Antonio Pedroso de Oliveira e de Maria Paes Domingues. Tiveram
13 filhos, nenhum deles tendo se destacado como sertanista, que são os
seguintes:
3-1 Anna Maria casada com Manuel de Sousa de Oliveira
3-2 Manoel Cavalheiro de Oliveira
3-3 Escholastica da Rosa casada com Francisco Marques.
3-4 Bento de Oliveira Leitão.
3-5 Francisco Pedroso Leite casado em 1765 em São Paulo com Marianna
Eufrasia Monteiro de Mattos filha de Jeronimo Monteiro de Mattos e de Felippa
de Siqueira Guerra, de Santos.
3-6 Domingos Gomes Albernaz
3-7 Maria Leite de Oliveira casou em 1766 em São Paulo com Barnabé
Pedroso Bueno filho do capitão Carlos Pedroso de Moraes e de Joanna Franco
Bueno. V. 5º pág. 159.
3-8 João Leite de Oliveira
3-9 José Pires de Oliveira
3-10 Maria Paes de Oliveira
3-11 Rosa Paes de Oliveira
3-12 Theresa de Jesus de Oliveira
3-13 Antonio
2-4 Clara de Mattos, filha de § 1º.
2-5 Anna
Maria da Rosa.
2-6 Margarida Fernandes, faleceu solteira em 1745 em Santo Amaro.
2-7 Izabel Guedes, faleceu solteira em 1761 em Santo Amaro com 90 anos
de idade.
2-8 Maria Guedes, última filha de Manoel Rodrigues de Arzão, casou em
1698 em Santo Amaro com Salvador de Moraes filho de Domingos Leme da Silva e de
Ignez de Moraes.
1-2 Izabel Rodrigues de Arzão, faleceu
solteira em 1713 em Santo Amaro com 67 anos de idade (Pág. 318).
§ 3o. - Manoel Rodrigues de Arzão (o moço)
1-3 Capitão
Manoel Rodrigues de Arzão, o moço, neto de Cornélio, faleceu antes do pai, seu
homônimo Manoel Rodrigues de Arzão, em 1699. Seu testamento foi realizado no sertão,
onde consta que foi casado com Maria de Azevedo Sá. Ela faleceu em 1752, com
testamento em Santo Amaro. Era filha de Antonio de Azevedo Sá e de Izabel
Alvares. (Silva Leme. Vol. 1º, p. 4). Tiveram (C.O. de S. Paulo) os seguintes
filhos:
2-1 Capitão Manoel Rodrigues Arzão (este é o terceiro com o mesmo nome
nesta família), faleceu solteiro, com testamento, aos 70 anos de idade, em 1758,
em Santo Amaro. Nele, declarou ser primo de Maria Lopes de Camargo.
2-2 Simão Peres de Azevedo
2-3 Antonio Rodrigues de Azevedo
2-4 Maria de Sá de Azevedo
2-5 Maria da Silva de Arzão
§ 4o. - Paulina de
Arzão
1-4 Paulina
de Arzão foi casada com o Capitão Francisco Nardy de Vasconcellos, filho do
sargento-mor Leonardo Nardy de Vasconcellos e de Anna Rodrigues Pestana. Com
geração (Silva Leme, Vol. 5º, p. 404). Encontramos uma pequena biografia do
sargento-mor Leonardo Nardy de Vasconcellos no Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil, do já citado
Carvalho Franco, no qual seu nome é Leonardo Nardi de Arzão. Dada a relevância
deste fato para o nosso estudo, aqui reproduzimos esse texto:
"Paulista que
acreditamos seja o mesmo que outros denominam Leonardo Nardes Sisão e Sousa e
também Leonardo Nardes Frasão de Vasconcellos. A razão de apelidos tão
diferentes não a sabemos explicar. Teve o posto de sargento-mor e foi um dos
descobridores das jazidas de ouro da depois Vila Nova da Rainha, na região do
Caeté, nas Minas Gerais, em 1701. Teve provisão de escrivão da Fazenda Real nas
minas do rio das Velhas, na mesma capitania, passada em 17 de abril de 1701. Em
12 de outubro de 1702, d. Rodrigo da Costa, governador-geral do Brasil, dava
notícia de que Leonardo Nardi havia revelado minas auríferas nas Minas Gerais e
no Espírito Santo. Foi casado em São Paulo com Ana Rodrigues Pestana, filha do
alferes Diogo Álvares Pestana e de sua mulher Eugênia Rodrigues (Basílio de
Magalhães – Expansaão, cit., 321. – Documentos Interessantes – LI, 27 e 346.
– Documentos Históricos – XXXIV, 214.
– Silva Leme – Genealogia – V, 403.)."
Uma das razões para a
confusão é que sua primeira filha era, segundo Silva Leme (Vol. V, pág. 403),
Anna Nardy de Arzam. Este é o texto de Silva Leme:
"5-1 Anna Nardy de Arzam, casada 1.º em 1728 em
Santo Amaro com Izidoro Pinto da Silva, falecido em 1731 em Parnaíba, f.º de.
Sebastião Francisco da Silva e de Luzia Leme de Godoy, Tit. Godoys Cap. 2.º §
3.º; segunda vez casou em 1731 em Parnaíba com Manoel Gomes de Carvalho, f.º de
Thomaz Gomes de Carvalho, de Braga, a de Maria de Araujo, o contraente viúvo de
Escholastica de Mendonça."
Já sua outra irmã tem o nome de Theodora Nardy
de Vasconcellos, o que faz pressupor que o verdadeiro nome do sargento-mor é
Leonardo Nardy de Vasconcelos. De todo modo, duas famílias de sertanistas aqui
vemos entrelaçadas por casamento.
§ 5o. - João Peres
Callamares
1-5 Capitão
João Peres Callamares, faleceu em 1734 em Santo Amaro com 90 anos de idade,
casou-se em 1703 em Santo Amaro com Joanna Pires de Siqueira filha do Capitão
Roque Furtado Simões e de Maria Alvares de Siqueira. Tit. Furtados (Silva Leme).
1-6 Salvador
Rodrigues de Arzão, faleceu solteiro em 1728 em Santo Amaro. Deixou filhos
naturais (Silva Leme).
1-7 Antônio
Rodrigues de Arzão, neto de Cornélio, foi casado com Marianna de Camargo filha
do Capitão Fernando de Camargo e de Joanna Lopes. Com geração no Vol. 1º, p.
191 (Silva Leme). Foi ele um dos bandeirantes mais importantes na história do
Brasil, já que foi, inconteste, um dos primeiros a descobrir ouro em Minas
Gerais, em 1693, de acordo com diversos autores.
O primeiro Anhanguera ateia fogo à aguardente ameaçando os índios de Goiás de queimar os rios de toda a região. |
Sobre Antônio Rodrigues de Arzão, mais uma vez, nos reportamos a
Carvalho Franco, de quem transcrevemos (p. 42):
"Natural
de São Paulo, filho de Manuel Rodrigues de Arzão, falecido em 1700 e de sua
mulher Maria Afonso de Azevedo, neto por parte paterna do flamengo Cornélio de
Arzão, foi o bandeirante que, segundo a tradição, revelou o primeiro ouro das
Minas-Gerais, encontrado ao acaso, numa bandeira escravagista que chefiava, com
destino à Casa da Casca, em 1693. A achada do primeiro ouro nas Minas-Gerais é
ponto bastante controvertido entre os historiadores. Alguns querem que Manuel
de Borba Gato o tenha descoberto, em 1678, na região do Rio das Velhas, quando
da sua jornada com Fernão Dias Pais. Uma carta régia de 19 de novembro de 1697
assegura que Garcia Rodrigues Pais foi o primeiro descobridor do ouro de
lavagem, nos ribeiros que correm para a serra de Sabaraboçu, no ano de 1686.
Antonil, sem precisar a data, diz que foi um mulato que tinha estado nas minas
de Paranaguá, bateando no ribeiro de Ouro-Preto, no serro do Tripuí. Orvile
Derby, baseado num velho roteiro, atribui esse descobrimento ao padre João de Faria
Fialho, Antônio Gonçalves Viana, Manuel de Borba Gato e Pedro de Avos, quando
em bandeira, percorrendo os taboleiros do Rio
Grande, Rio das Mortes e do Rio Sapucaí, em 1693. Recorda no entanto o
ilustre geólogo que a esse respeito, a notícia que teve definitiva entrada na
história, foi a do FUNDAMENTO HISTÓRICO, do poema Vila-Rica, de Cláudio Manuel
da Costa, escrito em 1773, o qual se valeu das informações do coronel Bento
Fernandes Furtado de Mendonça, confirmadas por correspondência trocada com o genealogista
Pedro Taques. Essa notícia é a que atribui ao cabo de bandeira escravagista,
Antônio Rodrigues de Arzão, tal achado, em 1693, na Casa da Casca, o qual levou
a preciosa colheita ao Espírito-Santo. apresentando-a ao capitão-mor governador
e verificando-se que pesava três oitavas. Desse ouro, escreve o poeta,
mandaram-se fazer duas memórias, uma que ficou com o dito Arzão e outra que
tomou para si o capitão-mor. Acrescenta Cláudio Manuel que antôno Rodrigues de
Arzão não podendo juntar no Espírito-Santo a gente que carecia para retonrar
aos sertões, demandou por mar o Rio de Janeiro a dali veio a São Paulo, onde
faleceu, deixando porém encarregado de continuar no descobrimento ao seu
concunhado Bartolomeu Bueno de Siqueira. Este formou uma bandeira e penetrou em
1694 os sertões das Minas-Gerais, tendo atingido a serra da Itaverava, onde se
demorou em pesquisas e, no ano seguinte, já extraía ouro, sendo algumas oitavas
levadas a Taubaté por Manuel Garcia Velho, componente duma bandeira ali
arribada cujo chefe era o coronel Salvador Fernandes Furtado de Mendonça, o
qual Manuel Velho as entregou naquela vila a Carlos Pedroso da Silveira, que
logo se passou ao Rio de Janeiro e as deu em manifesto ao respectivo
governador. Esta narrativa de Claúdio Manuel da Costa foi logo repetida por
José Joaquim da Rocha, na sua "Descrição da Capitania de
Minas-Gerais", datada de 1781 e, desde então, todos os demais autores, com
pequenas variantes, vêm repetindo tal versão, principalmente a lenda do
faleicmento de Antônio Rodrigues de Arzão, em 1694 e o encargo deixado por este
a seu concunhado Bartolomeu Bueno de Siqueira. Adiante verificaremos que este
último sertanista faleceu em 1695, em pleno sertão, quando da Itaverava
procurava alcançar o Rio das Velhas. A prova que apresentamos desse fato é
indiscutível, pois trata-se dum termo lavrado no inventário de seu tio Jerônimo
Bueno, com data de 29 de dezembro de 1695, fácil de ser lido na coleção dos
Inventários e Testamentos, volume XXIII, página 488. Também apresentamos aqui a
prova indiscutível de que Antônio Rodrigues de Arzão faleceu depois do ano de
1720, pois nas Atas da Câmara de São Paulo, no termo de vereação lavrado a 15
de junho desse ano , era ele encarregado da vistoria nas obras da casa de
conselho e cadeia, que então se construía. Para nós, o primeiro ouro das
Minas-Gerais foi descoberto na forma narrada por Rebelo Perdigão, que tinha a
dupla autoridade de ser coevo desses descobrimentos e secretário do governador
Artur de Sá e Meneses. Conta ele que apregoando certo Duarte Lopes a achada de
ouro num ribeirão afluente do Rio Guarapiranga, na região da Casa da Casca,
resolveram alguns sertanistas de São Paulo formar uma bandeira e ir tentar tal
descobrimento. A expedição tendo assim como cabos prncipais a Manuel de
Camargo, seu cunhado Bartolomeu Bueno de Siqueira, seu genro Miguel Garcia de
Almeida e Cunha e seu sobrinho João Lopes de Camargo, rumou em 1694 para os
sertões das Minas-Gerais, procurando a Casa da Casca. Chegados a Itaverava,
fizeram as primeiras experiências e descobriram o primeiro ouro. Tal notícia
não exclui portanto a do coronel Bento Fernandes e consequentemente admite em
parte a fantasia do "Fundamento Histórico" de Cláudio Manuel da
Costa. Anos depois ainda era ela confirmada em carta a El-Rei, datada de 8 de
setembro de 1735 e escrita pelo grande sertanista Pedro Bueno Cacunda, o qual
aos nomes dos cabos acima citados ainda acrescentava o do capitão Estêvão
Barbosa. Do exposto resulta que se Antônio Rodrigues de Arzão descobriu em 1693
ouro nas Minas-Gerais, não deu importância a esse achado, pois tendo vivido
posteriormente muitos anos, nunca cogitou de qualquer proveito, nem fez sobre
tal qualquer alegação. É assim que o encontramos vivo em São Paulo, a 8 de
dezembro de 1700, assinando um termo de dinheiro tomado a juros no inventário
de sua avó afim, Catarina da Silva e dando como fiador a seu irmão João Peres
Cañamares. Esse documento pode ser hoje facilmente verificado, pois se acha
publicado no volume XXIII da coleção dos Inventários e Testamentos, que abaixo
citamos. Também podemos concluir com segurança que Antônio Rodrigues de Arzão
não tomou parte na bandeira de 1694 e na qual foi o seu concunhado Bartolomeu
Bueno de Siqueira, sendo de se ressalvar porém que, tanto quanto seus antepassados,
era um entendido nas questões de minas e pessoa da maior consideração, tanto
que o governo português, em carta datada de Salvaterra, aos 30 de janeiro de
1701, por intermédio do governador do Rio de Janeiro, lhe recomendava que, se
seu velho pai, Manuel Rodrigues de Arzão, já houvesse falecido, ficasse
encarregado da escolha da data mineira real e por conta da respectiva fazenda a
mandasse lavrar. Parece que por qualquer motivo não pode Antônio Rodrigues de
Arzão desempenhar-se desta honrosa incumbência, pois continuou em São Paulo,
onde até abril de 1701 encontramos o seu nome em documentos. Não encontramos
mais seus traços até 1717 em que existe uma referência de que andava à cata de
esmeraldas, nas Minas-Gerais, junto com Lucas de Freitas de Azevedo e Baltazar
de Lemos e Siqueira. Em 1720 se achava ele novamente em São Paulo, como acima
referimos, devendo já ser sexagenário. Foi casado com Mariana de Camargo, filha
de de Fernando de Camargo Ortiz e de sua mulher Joana Lopes, tendo deixado
Geração."
(Silva
Leme - Genealogia - I, 191-192. - Inventários e Testamentos - XXIII,
253-277-296-300. Azevedo Marques - Apontamentos,
cit., I, 32. Cláudio Manuel da Costa - Vila
Rica - Ouro Preto, 1839 - I/VI. Carvalho Franco - Os Camargos de São Paulo, cit., 33/42).
A terceira filha de Cornélio de Arzão, D.
Anna Rodrigues de Arzão (Cap. 3º.), foi casada com Belchior de Borba Gatto,
natural de Portugal, dando também origem a uma linhagem de grandes sertanistas, incluindo o descobridor do Sabarabuçu.
A quarta filha de Cornélio de Arzão, D.
Suzanna Rodrigues de Arzão (Cap. 4º.), foi casada com Pedro Dias Botelho.
Faleceu em 1650. Deu também origem a uma linhagem de grandes paulistanos, sem
muito destaque no bandeirismo.
O quinto filho de Cornélio de Arzão, Braz
Rodrigues de Arzão (Cap. 5º.), tem um interesse particular para nós, já que é o
tronco de uma grande família, na qual se incluem sertanistas que chegaram ao
Oeste do Rio São Francisco e ao cerrado mineiro, dando origem a grande
descendência, à qual pertence o autor. Voltaremos, logo abaixo, a descrever
mais detalhadamente a descendência de Braz Rodrigues de Arzão.
O sexto filho de Cornélio de Arzão foi
Cornélio Rodrigues de Arzão. Transcrevo aqui o que dele nos fala Carvalho
Franco (pág. 45):
“Capitão-mor
paulista, filho do precedente (Cornélio de Arzão), foi casado com Catarina
Gomes Correia, de Itu. Foi sertanista e dentre as suas entradas sabemos de uma
em 1668 e outra em 1671, ambas em diretriz não conhecida. Faleceu em Itu, em
fevereiro de 1684 (A. Taunay – História
das Bandeiras – IV, 55. – Elis Junior – O
bandeirismo, cit., 259. – Inventários
e Testamentos – XII, 60. – Silva Leme – Genealogia
– VII, 342)”.
Silva Leme nos fornece mais dados: teve
Cornélio Rodrigues de Arzão oito filhos, que são (p. 342):
1-
Manoel Corrêa de Arzão, grande sertanista,
do qual falaremos a seguir, falecido em 1736, em Cuiabá.
2-
Anna Luiz de Arzão, casou-se em Itú, com
Vasco da Motta.
3- Anna Rodrigues de Arzão, casada em 1686, em
Itú, com Dom Pedro Rendon, de alta linhagem portuguesa.
4- Maria Corrêa de Arzão, casada em primeiras
núpcias, em Itú, com Manoel Ortiz de Camargo e, em segunda núpcias, em 1699,
com Carlos de Moraes Navarro.
5-
Amaro Rodrigues de Arzão, faleceu solteiro
em 1683, em Itú.
6-
Catharina Gomes Corrêa, casou-se em 1706,
em Itú, com João Peçanha Falcão, neto de portugueses de Évora. Faleceu em 1744,
em Itú.
7-
Padre Pedro de Arzão.
8-
Maria de Jesus, faleceu solteira, com
testamento, em 1725, em Itú.
Sobre Manoel Corrêa de Arzão, mais uma vez
transcrevemos Carvalho Franco (p. 45):
"Paulista,
um dos descobridores do ouro de Serro-Frio, em 1701, sendo nomeado guarda-mor
das respectivas minas em 1702, posto que ainda ocupava em 1711, quando a 25 de
maio desse ano foi nomeado capitão-mor das mesmas. Também teve o posto de
coronel de infantaria de ordenança, por patente dada em 26 de outubro de 1705,
por D. Rodrigo da Costa. Sustentou grandes desavenças nessa região com o
potentado paulista Geraldo Domingues, irmão de Antônio Luiz do Passo, tanto que
foi expedida uma ordem, em 6 de fevereiro de 1711, ao capitão-mor Garcia
Rodrigues Velho, que ia ali no descobrimento das esmeraldas, para que
interviesse naquelas inquietações e mesmo desordens a mão armada, oriundas de
questões sobre jurisdição de terras, abrindo uma devassa se preciso fosse. Em
17 de abril de 1714 foi Manoel Corrêa de Arzão nomeado capitão-mor das
ordenanças da Vila do Príncipe, por d. Brás Baltazar da Silveira, que logo
após, em patente de 20 de junho do mesmo ano, o encarregava de todo governo
daquele distrito. Em 1718 o governo mineiro fez várias determinações ao
capitão-mor Antônio Soares Ferreira, morador em Mato-Dentro e principal
paulista das bandeiras que descobriram ouro em toda aquela região, parente afim
e amigo de Manoel Corrêa de Arzão, determinações essas que aquele potentado não
cumpriu. Por esse motivo, em 1720 mandava dito governo ao coronel José Borges
Pinto que prendesse aquele rebelde, pois além de não lhe obedecer as ordens,
havia ainda usurpado o morro que tinha o seu nome, não querendo repartir as
datas, nem mesmo a pertencente a El-Rei. Foi então uma escolta prendê-lo, mas
Antônio Soares Ferreira resistiu a tiros, sendo porém morto na refrega. Um dos
que o acompanhavam era o coronel Manoel Corrêa de Arzão, o qual por tal motivo
também teve ordem de prisão, seguida do sequestro de seus bens, em 6 de agosto
de 1720. Mas esse paulista fugiu para as minas de Mato-Grosso, onde se fez
novamente potentado. Em 17 de abril de 1733, achando-se em Cuiabá, teve patente
para o posto de tenente-coronel da guerra ao gentio paiaguá, mas veio logo a
falecer em 1736. Era ele filho do capitão-mor Cornélio Rodrigues de Arzão e de
sua mulher Catarina Gomes Corrêa e foi casado com Domingas Antunes Soares,
natural de Itú e pertencente à família de Antônio Soares Ferreira. Não deixou
filhos desse casamento. Desse modo, não concordamos com Basílio de Magalhães,
quando escreve que o coronel Manoel Corrêa de Arzão foi filho de Antônio Gomes
Corrêa e de sua mulher Maria Rodrigues de Arzão, tendo falecido em São Paulo,
1741. Este Manoel Corrêa de Arzão, filho de Antônio Gomes, não foi sertanista e
casou-se com Maria de Lima, tendo deixado geração (Ver. Arq. Pub. Mineiro – II, 782-788. - III, 103. – IV, 103 – VII, 959.
– XXI, 598-312-313-602. – XXIV, 693. – Documentos
Interessantes – LI,, 348. – Documentos
Históricos – XLI, 227. – Rev. Inst. Hist. São Paulo – XXVI – Silva
Leme – Genealogia – VII, 338-342. –
Felisbelo Freire – Hist. Territorial,
cit. 159. – Basílio de Magalhães – Expansão,
cit. 323. – P. Calmon – A Conquista,
cit., 130)."
Voltemos ao Capitão-mor Braz Rodrigues de
Arzão. Dele nos diz Silva Leme (Vol. V, p. 338):
"Capitão-mor Braz Rodrigues de Arzam foi morador em Itú. Vide o que a seu
respeito está escrito no V. 3º pág. 353. Foi ajunto ao governador Estevão
Ribeiro Bayão Parente na guerra contra os gentios do sertão da Bahia. Foi
casado com Maria Egypcíaca, filha de Pero Domingues e de Maria Mendes. Tít.
Domingues. Faleceu o capitão-mor Braz Domingues de Arzam em 1695 com testamento
e teve 3 filhos :
1-1 Maria Rodrigues de Arzam § 1.º
1-2 Maria Egypciaca de Arzam § 2.º
1-3 Marianna de Arzam § 3.º"
Também
ele foi um grande sertanista, reconhecido pelos maiores historiadores do
período colonial brasileiro, como se pode observar na transcrição que sobre ele
obtivemos do texto de Carvalho Franco (Pág. 44):
"Paulista,
filho do flamengo Cornélio de Arzão e de sua mulher Elvira Rodrigues, casou-se
com Maria Egipcíaca Domingues, filha de Pero Domingues, o velho, tendo deixado
geração. Foi sertanista dos mais notáveis de São Paulo. Em 1651 esteve no extremo
sul brasileiro, em bandeira escravagista, com Domingos Barbosa Calheiros. Com
esse mesmo chefe foi à Bahia em 1658, sofrendo a expedição um revés entre os
índios paiaiás e regressando a São Paulo toda destroçada, em 1660. Em 20 de
julho de 1671, de retorno à Bahia, teve ele patente de capitão-mor da leva de
Estêvão Ribeiro Baião Parente, que ali se achava a fim de combater os maracás.
Agiu essa bandeira de modo destruidor, levando os índios referidos para além da
serra e matas do Orobó, distinguindo-se na ocasião os sertanistas Manoel Vieira
Sarmento, Manuel Inojosa e outros. Em dezembro de 1674 retornava Brás Rodrigues
de Arzão para São Paulo, com cartas elogiosas do governo- geral, que logo, a 20
de março de 1675, o incumbia de pesquisas de ouro nas capitanias do sul. A
seguir foi mandado, com o posto de capitão-mor, na leva do mestre de campo
Jorge Soares de Macedo, com patente de 15 de janeiro de 1679, a fim de tomar
parte nas diligências da fundação da Colônia do Sacramento, cujo principal chefe
era o governador do Rio de Janeiro, D. Manoel Lobo. Em meados de 1680 estava
ele novamente em São Paulo, escapo dos desastres então havidos com a tropa de
Macedo, naqueles longes sulinos. Exerceu no governo dessa vila cargos de
confiança, inclusive o de administrador das minas e superintendente das aldeias
reais de índios. Faleceu nessa localidade a 12 de julho de 1692. (A. Taunay – História das Bandeiras – III, 210 –
IV, 183. – Borges de Barros – Bandeirantes,
cit., 174. – Inventários e testamentos
– XXII, 156-158. – Documentos Históricos
– X, 436 – XI, 9-18 – XXIV, 265. – Silva Leme – Genealogia – VII, 337. – Registo
Geral, III, 203. – Pedro Taques – Nobiliarquia
– Ver. Inst. Histo. e Geog. Brasileiro – XXXIV, 2ª., 140. – Anais da Biblioteca Nacional – XXXIX,
133. – Elis Junior – O bandeirismo,
cit., 213-278. – P. Calmon – A Conquista,
cit., 96. – Hist. Do Brasil, cit.,
II, 283. – Roque Leme da Câmara – Nobiliarquia,
cit., Ver. Inst. Hist. São Paulo. XXIII, 154)."
A
primeira filha do capitão-mor Braz Rodrigues de Arzão foi D. Maria Rodrigues de
Arzão (§ 1.º). Segundo Silva Leme, no
inventário de seu marido tem o nome de Elvira. Casou-se com Antônio Gomes
Corrêa, filho de Manoel Gomes Corrêa e de Anna Luiz do Passo, de Itanhaém.
Antônio Gomes Corrêa faleceu em São Paulo, em 1686, na casa de seu sogro, e
Maria Rodrigues casou-se pela segunda vez com Gaspar de Brito Moreira. De seu
primeiro casamento teve 8 filhos:
1- Braz Gomes Corrêa, que se casou em
1690 em Parnaíba com Maria Leme da Silva, tendo uma grande descendência;
2- Manoel Corrêa de Arzão, bisneto de
Cornélio, casou-se com Maria de Lima em Parnaiba (SP), ambos falecendo em 1741,
estando ela com 90 anos de idade. Este casal teve 4 filhos:
1- Salvador Corrêa de Arzão (já falecido
em 1741);
2- Antônio Corrêa de Lima, falecido em
1735 aos 40 anos de idade.
3- Guilherme de Arzão, trineto de
Cornélio, que casou-se em 1726 com Escholástica Borges, e, em 1741, já era
falecido. Este casal teve dois filhos: Cornélio Corrêa de Arzão e Estêvão
Corrêa de Arzão. Abordaremos, logo à frente, alguns dados acerca de Cornélio
Corrêa de Arzão;
4- Braz Antônio de Arzão, que se casou em
1740, em Parnaíba, com Rosa Garcia, viúva de João de Góes.
3- Felício (que Silva Leme não dá
descrições).
3- Antônio Gomes Corrêa, nascido
provavelmente em 1773, deixando geração em Santo Amaro (SP).
4- Sebastião Rodrigues de Arzão (sem
descrições por Silva Leme).
5- Anna Luiz.
6- Maria Egypcíaca.
7- Maria, nascida em 1683. Estes três
últimos também sem descrição por Silva Leme.
Voltemos ao caso de Cornélio Corrêa de
Arzão, o primeiro filho de Guilherme de Arzão. Ficou órfão de pai com 14 anos,
ou menos.
Tetraneto do patriarca Cornélio de
Arzão, cuja história foi relatada antes, por razões, ainda desconhecidas, teve
seu nome trocado para José Corrêa de Arzão (Arzam). Teria sido ainda um trauma
transmitido de geração para geração, vivido pela família Arzão, desde as
perseguições injustas contra seu ancestral? Será que o nome Cornélio ainda
seria visto com desconfiança por certas autoridades eclesiásticas? São
questões que se abrem e ainda falta muito para que possam ser esclarecidas. De
qualquer forma, fica aqui o registro deste fato inusitado, qual seja a mudança
do primeiro nome, quando o comum seria o acréscimo, substituição ou retirada de
um sobrenome. Este Cornélio (José)
Corrêa de Arzão transferiu-se de Santana do Parnaíba, em São Paulo, para a região sudoeste
da Capitania de Minas Gerais, em data ainda incerta, provavelmente na década de
1730/40, quando a mineração já começava a dar sinais de sua decadência. O mais certo é
que veio, como seus demais parentes sertanistas, em busca do ouro e devia ser
um conhecedor do assunto. Foi parar em Carrancas, próxima a Lavras do Funil,
onde se estabeleceu, não se sabe exatamente em que atividade profissional e em
que condições.
Os dados nos quais nos baseamos para
relatar esta mudança de nome de Cornélio Corrêa de Arzão para José Corrêa de
Arzão se encontram no Projeto Compartilhar, das já citadas professoras Bartyra
Sette e Regina Moraes Junqueira (disponível em:
http://www.projetocompartilhar.org/Familia/AntonioBorges%20.htm).
No Anexo II, ao final deste capítulo, reproduzimos parte do texto deste projeto, para os interessados.
http://www.projetocompartilhar.org/Familia/AntonioBorges%20.htm).
No Anexo II, ao final deste capítulo, reproduzimos parte do texto deste projeto, para os interessados.
Cornélio, provavelmente, mudou o nome
após seu casamento, com Francisca de Souza, também natural de Santana do Parnaíba,
ocorrido em 23 de julho de 1756, em Carrancas, Minas Gerais, após obterem
autorização da Igreja, dado o grau de consaguinidade (primos em segundo grau). Ela era
filha de Carlos Martins de Souza e Tomásia Borges de Aguiar. Os filhos de
Cornélio/José e Francisca, batizados em Carrancas, foram:
1- Joaquim José Corrêa, nascido em
27/04/1754 (dois anos antes do casamento dos pais). Em 22/10/1775, casou-se com
Maria Gomes da Rocha. Este casal teve apenas um filho, Joaquim Francisco de
Souza, nascido em 13/12/1799, batizado na Igreja Sant’Anna de Lavras, Minas
Gerais). Casou-se com uma prima em 4º. grau, Ana Rosa Felícia, em Lavras do
Funil de Carrancas.
2- Manoel Corrêa de Souza, batizado em
20/12/1758, em Carrancas. Quando de seu batizado, no registro, seu pai já era
designado como José Corrêa de Arzão. Em 07/04/1780, Manoel casou-se com Maria
Andreza de Jesus, filha de Francisco Gomes da Cunha e Anna Gomes da Rocha, na
Freguesia de N.S. da Conceição das Carrancas e matriz de Santa Ana das Lavras
do Funil. Voltaremos a falar em Manoel Corrêa de Souza, pois, alguns anos
depois, ele obteve uma sesmaria em área próxima à Serra da Saudade, no sertão
do oeste de Minas Gerais, onde, mais tarde seria um dos fundadores da cidade de
Dores do Indaiá.
3- Ana Francisca de Souza, batizada em
Carrancas, em 04/08/1760. Casou-se, também em Carrancas, em 28/10/1777 com Manoel
da Silva Chaves, neto de portugueses do Concelho de Bastos do Arcebispado de
Braga, Portugal.
4- Luiz, sem outras referências.
5- Catarina de Sene de
Jesus, batizada em maio de 1765, em Carrancas. Casou-se em Campanha, filial da
freguesia de Lavras, em 29/04/1784, com José Marques Viana, natural de
Barbacena.
6- Ricardo Corrêa de
Arzão, batizado em 17/11/1766, em Carrancas. Casou-se em 12/02/1789, com
Teodora Angélica da Rosa, filha de Bartolomeu da Rosa e Teresa Maria de Jesus,
na Freguesia de N.S. da Conceição das Carrancas e Sta. Ana das Lavras do Funil.
7- Jorge, batizado em
24/06/1769, em Carrancas, sem outras referências.
8- José, batizado em
26/12/1770, em Carrancas, sem outras referências.
9- Antônio Corrêa de Souza, sem o registro da data de
nascimento. Casou-se em 26/09/1804, na matriz de Santa Ana das Lavras do Funil,
com Teresa Maria de Jesus.
Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Carrancas,
na década de 1940, onde foi batizado Manoel Corrêa de Souza,
o Correinha, um dos fundadores de Dores do Indaiá.
|
Teto da matriz de Nossa Senhora da Conceição de Carrancas. |
Pesquisando a história de
Carrancas, encontramos dados que confirmam ter sido a região local de passagem
dos bandeirantes paulistas na sua faina de prospecção e mineração de ouro.
Vinham pessoas desde Paraty (RJ), mas a grande maioria vinha de São Paulo e
Taubaté. O cientista e botânico francês Auguste de Saint-Hilaire, em sua
segunda viagem ao Brasil, entre 1819 e 1822, descreveu o trajeto do Caminho
Velho (vindo de São Paulo) em direção ao rio das Mortes e do rio das Velhas, caminho
este percorrido pelos bandeirantes que prospectavam ouro na região, mais de cem
anos antes. Em contrapartida, eles encontraram terras férteis, com bela
vegetação intermediária entre a mata atlântica e o serrado e ai foram se
estabelecendo.
Existem registros de que o
primeiro morador da localidade, em 1701, foi um bandeirante, o Capitão Manoel
Garcia Velho. Por volta de 1718, os primeiros povoadores, com suas famílias,
escravos e amigos foram se assentando nas proximidades do Rio Grande, em
território das Minas Gerais. Uma bandeira chefiada pelo Capitão-mor João de
Toledo Piza e Castelhanos, paulista de Taubaté, descendente do Conde de Oreja,
da qual também participava seu irmão, o Padre Lourenço de Toledo Taques, e seus
genros Salvador Corrêa Bocarro, Miguel Pires Barreto e José da Costa, homens
corajosos e experientes, após atravessar a serra da Mantiqueira, o registro de
Capivari e Boa Vista, se depararam com uma região aprazível, onde se imaginou
encontrar muito ouro. A riqueza agricultável da terra os prendeu à região.
Nesse ano de 1718, Piza requereu uma sesmaria no rio Grande, o que lhe foi
concedido.
Em 1721 foi erigida uma capela em
homenagem a Nossa Senhora da Conceição e o local ficou conhecido como Nossa
Senhora do Rio Grande. À medida em que o local foi se desenvolvendo, mais
paulistas e portugueses chegavam em busca do ouro, mas a agricultura
consolidava-se como a principal riqueza da região. Em 1736 o vilarejo foi
elevado a freguesia, aumentando o seu número de habitantes. Garimpeiros, em
busca do ouro, depararam, em uma serra próxima do vilarejo, com duas grandes
rochas que, de longe, eram semelhantes às fisionomias de duas caras. Daí o nome
Carrancas. Entretanto, no começo a localidade era conhecida como Nossa Senhora
da Conceição das Carrancas. Outros locais eram chamados de Carrancas de baixo,
Carrancas de Cá, até, finalmente, se estabelecer o nome do lugarejo como Carrancas. Por
ironia, o local não fornecia ouro em quantidade que fosse economicamente
viável, mas sim as localidades próximas, como São João del Rey, Tiradentes e
Lavras. Progressivamente, a região foi recebendo imigrantes paulistas e
portugueses, notadamente da região do Minho e do arquipélago dos Açores.
Serra de Carrancas. Muralha no caminho dos bandeirantes. |
A paróquia foi criada em 1736, sendo seu Vigário o Padre Antônio Mendes,
posteriormente o primeiro Vigário de Campanha. Em 1760 a sede da freguesia foi transferida para o
Arraial de Santana das Lavras do Funil (atual Lavras, a 80 quilômetros),
situação que persistiu até 1814.
Com o passar do tempo, as sesmarias de Nossa
Senhora da Conceição das Carrancas foram desmembradas, originando várias
cidades da região. Naqueles tempos os povoados eram denominados de freguesias,
sendo áreas de jurisdição da igreja. Somente com o crescimento econômico
permitia-se que as freguesias fossem elevadas a vilas.
Ainda na primeira
metade do século XVIII, em decorrência da imigração de portugueses vindos do
arquipélago dos Açores, em particular da Ilha do Faial, surgiu a lenda das
“Três Ilhoas”. Eram três irmãs, naturais desta ilha, que chegaram à região.
Seus descendentes pertencem a tradicionais famílias do sul de Minas, como os
Rezende, Carvalho, Ribeiro, Andrade, Junqueira, Ferreira, Guimarães, etc.
Segundo a lenda, uma das irmãs, Júlia Maria da Caridade, foi a responsável pela
construção da Capela de Nossa Senhora da Conceição do Porto do Saco, onde hoje
se situa um distrito de Carrancas. Este é um dos prédios mais antigos da
localidade e sua construção teria sido motivada pela aparição da imagem que se
julgou ser de Nossa Senhora da Conceição, às margens do rio Grande.
Encerrando
este capítulo sobre os descendentes de Cornélio de Arzão, concluímos que foi
uma família de grandes sertanistas, de honrados
e corajosos homens, que muito contribuíram para desbravar o sertão
bravio e descobrir riquezas que o solo do Brasil escondia. Mas, apesar de suas
virtudes, como todo ser humano, carregavam os defeitos e mazelas, de todo o mundo.
Se escravizaram índios, não há relato de ter sido esta sua atividade primordial, nem constituía seu objetivo de aventuras. Suas metas, estimuladas pela Coroa portuguesa, como as de grande parte dos sertanistas e bandeirantes, era descobrir riquezas para o rei e consolidar a posse do grande território inóspito e desconhecido. Eram súditos de Sua Majestade e, como tal, se portaram com honra e altivez, na glória e na queda, lutando enquanto puderam, obtendo sucessos e fracassos, mas sem esmorecer jamais.
Comprovando isto, reportamo-nos a Claudio Manoel da Costa, no Poema Vila Rica, Canto VI (Sergio Buarque de Holanda, Caminhos e Fronteiras. Edição Ilustrada. Rio de Janeiro. José Olympio Editora, 1957, p. 37):
Se escravizaram índios, não há relato de ter sido esta sua atividade primordial, nem constituía seu objetivo de aventuras. Suas metas, estimuladas pela Coroa portuguesa, como as de grande parte dos sertanistas e bandeirantes, era descobrir riquezas para o rei e consolidar a posse do grande território inóspito e desconhecido. Eram súditos de Sua Majestade e, como tal, se portaram com honra e altivez, na glória e na queda, lutando enquanto puderam, obtendo sucessos e fracassos, mas sem esmorecer jamais.
Comprovando isto, reportamo-nos a Claudio Manoel da Costa, no Poema Vila Rica, Canto VI (Sergio Buarque de Holanda, Caminhos e Fronteiras. Edição Ilustrada. Rio de Janeiro. José Olympio Editora, 1957, p. 37):
Levados
de fervor, que o peito encerra
Vês
os paulistas, animosa gente,
Que
ao Rei procurão do metal luzente
Co’as
próprias mãos enriquecer o erário.
Arzão
é este o temerário.
Que
da Casca os sertões tentou primeiro:
Vê
qual despreza o nobre aventureiro,
Os
laços, e as traições, que lhe prepara
Do
cruento gentio a fome avara
À
exemplo de uns contempla iguaes a todos,
E
distinctos ao rei por vários modos
Vê
os Pires, Camargos e Pedrosos,
Alvarengas,
Godoes, Cabraes, Cardosos,
Lemes,
Toledos, Paes, Guerras, Furtados,
E
os outros, que primeiro assignalados
Se
fizeram no arrojo das conquistas.
Ó
grandes sempre, ó immortaes Paulistas!
Embora
vós, nymfas do Tejo, embora
Cante
do lusitano a voz sonora
Os
claros feitos do seu Grande Gama;
Dos
meus paulistas honrarei a fama.
Elles
a fome, e sede vão sofrendo,
Rotos,
e nus os corpos vem trazendo,
Na
enfermidade a cura lhes falece,
E
a miséria por tudo se conhece,
Em
seu zelo outro espírito não obra
Mais
que o amor do seu rei: isto lhes sobra
Abertas
as montanhas, rota a serra,
Vê
converter-se em ouro a pátria terra,
Eis
obedece ao provido mau dado
Dos
bons conquistadores: desde o fundo
De
ouro, e diamantes o paiz fecundo.
Anexo
II
PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes
Junqueira
ANTONIO
BORGES
(atualizado
em 17-maio-2012)
aportes
a GP
SL. 7, 339, 3-3 Guilherme de Arzam, já falecido em
1741, casou em 1726 em Parnaíba com Escholastica Borges f.ª de Antonio Borges e
de Paschoa Martins, e teve 2 f-os
4-1 Cornélio
4-2 Estevão
Antonio Borges,
filho de outro e Maria Cide, em 1693 na Parnaiba casou com Pascoa Martins,
filha de Paulo Martins, já falecido e Maria de Ramos.
ASBRAP 2, 102, Resumo do 1º lv. casamentos de
Santana de Parnaiba por SLeme, anos 1662-1721: fls. 102, ano 1693: . Antonio
Borges (de Santos), f. de Antonio Borges e de Maria Cide; com Pascoa Martins,
f. de Paulo Martins, falecido, e de Maria de Ramos.
Antonio Borges e
Pascoa Ramos Martins tiveram, q.d.:
1- Escolastica Borges de Aguiar, casou duas
vezes. Segundo a Genealogia Paulista, em 1726 na Parnaiba com Guilherme Correa
de Arzam, filho de Manoel Correa de Arzão e Maria de Lima.
Em Carrancas aos 15-11-1742 casou com Francisco
Xavier da Silveira, natural da freguesia de Santa Bárbara da Ilha do Faial,
filho de Manoel Furtado de Mendonça e Maria Garcia, já falecidos. Francisco era
viúvo duas vezes, primeira vez de Josefa Maria Teresa e segunda vez de Ana de
São José.
B7casamentos Igreja Nossa Senhora da Conceição
(Carrancas, Minas Gerais) aos 15-11-1742 Francisco Xavier da Silveira, viúvo
de duas mulheres; = cc. Escolástica Borges, viuva de Guilherme [----], natural
da vila de Parnaiba deste bispado do Rio de Janeiro, f.l. Antonio Borges, já
falecido e Pascoa Ramos Martins. O contraente n. da freg. de Santa Barbara da
Ilha do Faial Bispado de Angra, f.l. Manoel Furtado de Mendonça e Maria Garcia,
já falecidos; viuvo de duas primeiras mulheres Josefa Maria Teresa e Ana de São
Jose.
Escolástica, já falecida em 1769, e Guilherme
tiveram:
1-1 Cornélio, citado na GP (SL. 7, 339, 4-1). Cornélio
Correa de Arzão, natural da Parnaiba. Em Carrancas aos 23-07-1756,
dispensados no impedimento de consanguinidade em segundo grau de
consanguinidade, casou com Francisca de Souza, natural da Parnaiba, filha de
Carlos Martins de Souza e Tomasia Borges de Aguiar, 2-6 abaixo.
B7: casamentos -Igreja Nossa Senhora da Conceição
(Carrancas, Minas Gerais) aos 23-07-1756 dispensados no impedimento de
consanguinidade em segundo grau de consanguinidade, Cornélio Correa de Arzam,
n/b na freg. de Santa Ana da vila de Parnaiba, f.l. Guilherme Correa de Arzão e
Escolastica Borges de Aguiar; = cc. Francisca de Souza, n. na dita freg. da
vila de Parnaiba bispado de S. Paulo, f.l. Carlos Martins de Souza e Tomasia
Borges de Aguiar.
Cornélio, após o casamento, muito provavelmente
mudou o nome para José Correa de Arzão. Francisca e Cornelio/José tiveram os
filhos batizados em Carrancas, q.d.:
1-1-1 Joaquim José Correa, nasceu aos
27-04-1754 e foi batizado aos 13 do mês seguinte. Aos 22-10-1775 casou com
Maria Gomes da Rocha, filha de Luiz Gomes e Ignez Clara de Jesus, família Artur
da Rocha”.
B7: Igreja Nossa Senhora da Conceição (Carrancas,
Minas Gerais) aos 13-05-1754 cap. Sta Ana das Lavras, Joaquim n. aos 27-04
do mesmo ano, f.l. Cornelio Correa de Arzão n. da vila de Parnaiba e Francisca
de Souza n. da dita vila Bispado de S. Paulo, np Guilherme Correa de Arzão e
Escolastica Borges de Aguiar, nm Carlos Martins de Souza e Tomasia Borges de
Aguiar, todos nts da dita vila de Parnaiba, padr.: Francisco Pereira Souto e
s/m Escolastica Martins
B7: casamentos - Igreja Nossa Senhora da Conceição
(Carrancas, Minas Gerais) aos 22-10-1775 Joaquim José Correa, f.l. Jose
Correa de Arzão e Francisca de Souza; = cc Maria Gomes da Rocha, f.l. Luiz
Gomes e Clara Ignez de Jesus digo, e Ignez Clara de Jesus. Ambos nts/bts nesta
freguesia de Carrancas. Test.: Cap. Fancisco Alves Landim, Alf. Jose Francisco
da Cunha.
1-1-1-1 Joaquim Francisco de Souza em
13-12-1799 requereu dispensa de consanguinidade em 4º grau da linha transversal
igual para se casar com Ana Zeferina de Lima, filha de João de Lima Fagundes e
Ana Rosa Felicia.
Igreja Sant'Ana (Lavras, Minas Gerais) dispensa
- 13-12-1799 Joaquim Francisco de Souza e Anna Zefirina de Lima. Ele, f.l. de
Joaquim Joze Correa e Maria Gomes da Rocha, n. da freguesia de Lavras do Funil
de Carrancas. Ela f.l. de João de Lima Fagundes e D. Anna Roza Felicia, n. da
freg. do Sumidouro. Ambos moradores na dita freguesia das Lavras do Funil. 4º
grao de consanguinidade da linha transversal igual.
- que Maria das Neves era irmã legitima de Izabel
Fragosa.
- que de Maria das Neves nasceu Ignes Clara, que de
Ignes Clara nasceu Maria Gomes, que de Maria Gomes nasceu o orador Joaquim
Francisco de Souza.
- que de Izabel Fragoza, irmã de Maria das Neves,
nasceu Maria Alvares; que de Maria Alvares nasceu João de Lima Fagundes; que de
João de Lima Fagundes nasceu a oradora Anna Zefirina de Lima.
E por isso são os oradores consanguineos em quarto
da linha transversal igual.
Que o orador teve por fragilidade acesso a oradora
em cuja casa vive , e de seus pais que o orador é feitor.
1-1-2 Manoel Correa de Souza, batizado em
20-12-1758. Aos 07-04-1780 casou com Maria Andreza de Jesus, filha de Francisco
Gomes da Cunha e Ana Gomes da Rocha; família Artur da Rocha”.
B7: Igreja Nossa Senhora da Conceição (Carrancas,
Minas Gerais) aos 20-12-1758 Manoel n. aos 01, f.l. Jose Correa Arzão e
Francisca de Souza nts da vila de Parnaiba-SP, padr.: Sarg. Mor Francisco
Moreira de Carvalho e Tomasia Maria, solteira filha de D. Francisca de Moraes,
viuva.
Casamentos - Freguesia de N.S. da Conceição das
Carrancas e Sta Ana das Lavras do Funil, aos 07-04-1780 matriz, Manoel
Correa de Souza, f.l. Joze Correa Arzão e Francisca de Souza; = cc. Maria
Andreza de Jesus, f.l. Francisco Gomes da Cunha e Anna Go[cortado] da Rocha.
Nts/bts nesta.
1-1-3 Ana Francisca de Souza, batizada em
04-08-1760. Aos 28-10-1777 casou com Manoel da Silva Chaves, filho de João
Pires da Costa e Francisca da Silva Chaves, neto paterno de Domingos Gonçalves
da Estrada e Maria Pires da freguesia de Santa Eulalia Conselho de Bastos do
Arcebispado de Braga, neto materno de Manoel da Silva Chaves e Bernarda
Rodrigues, da freguesia de São João del Rei. Geração de Ana e Manoel na família
“João Pires da Costa”.
B7: Igreja Nossa Senhora da Conceição (Carrancas,
Minas Gerais) aos 04-08-1760 Ana, f.l. Jose Correa Arzam e Francisca de
Souza, padr.: Diogo da Fonseca Bueno , solteiro e Izabel, solteira filha do
Guarda Mor Diogo Bueno da Fonseca.
Casamentos - Igreja Nossa Senhora da Conceição
(Carrancas, Minas Gerais) aos 28-10-1777 Manoel da Silva Chaves, f.l. João
Pires da Costa e Francisca da Silva Chaves, n/b na cap. de Nazare filial da
vila de S. João del Rei; = cc. Ana Francisca de Souza, f.l. Jose Correa Arzão e
Francisca de Souza, n/b nesta freguesia.
1-1-4 Luiz, em 10-07-1763.
B7: Igreja Nossa Senhora da Conceição (Carrancas,
Minas Gerais) aos 10-07-1763 Luiz, f.l. Jose Correa de Arzam e Francisca de
Souza, padr.: Manoel da Fonseca Pinto, casado e Joana Batista, solteira filha
do Guarda Mor Diogo Bueno.
1-1-5 Catarina de Sene de Jesus, batizada em
maio de 1765. Em Campanha aos 29-04-1784 casou com José Marques Viana, natural
de Barbacena, filho de João Marques Viana e Izabel Francisca de Jesus; família
“João Pereira Temudo” Cap. 2º.
B7: Igreja Nossa Senhora da Conceição (Carrancas,
Minas Gerais) aos --- de Maio de 1765, Catarina, f.l. Jose Correa Arzão n/b
na freg. de N. Sra da Conceição da Parnaiba Bispado de S. Pasulo e Francisca de
Souza n/b freg. N. Sra a Conceição das Carrancas, padr.: João Marques Vianna e
Helena ----.
Campanha-MG - casamentos - na ermida de S. Antonio
e N. S. do Rosario do R. Verde filial da freguesia de Lavras, aos 29-04-1784
Joze Marques Viana, f.l. de João Marques Viana e Izabel Francisca de Jesus, n/b
na freguesia da Borda do Campo; = Caterina de Senne de Jesus, f.l. de Jose
Correa Arzão, n/b na freguesia das Lavras.
Obs.: não consta a mãe da oradora
1-1-6 Ricardo Correa de Arzão, batizado aos
17-11-1766. Aos 12-02-1789 casou com Teodora Angélica da Rosa, filha de
Bartolomeu da Rosa e Teresa Maria de Jesus.
B7: Igreja Nossa Senhora da Conceição (Carrancas,
Minas Gerais) aos 17-11-1766 matriz, Ricardo, f.l. Jose Correa Arzão n. vila
Parnaiba-SP e Francisca de Souza n. desta freguesia. Nasceu o dito Ricardo aos
dezenove(sic) dias do mesmo mes, padr.: João Francisco do Valle e Margarida,
solteira filha de Estevão Rodrigues Branco.
Casamentos - Freguesia de N.S. da Conceição das
Carrancas e Sta Ana das Lavras do Funil, aos 12-02-1789 nesta paroquial,
Ricardo Correa Arsam, f.l. Jose Correa de Arzam e Francisca de Souza; = cc.
Theodora Angelica da Rosa, f.l. Bartholomeu da Rosa e Theresa Maria de Jesus.
Nts/bts nesta freguesia
1-1-7 Jorge, batizado em 24-06-1769.
B7: Igreja Nossa Senhora da Conceição (Carrancas,
Minas Gerais) aos 24-06-1769 Jorge, f.l. Jose Correa de Arzão e Francisca de
Souza, np Guilherme Correa de Arzão e Escolastica Borges de Aguiar, nm Carlos
Martins de Souza e Tomasia Borges de Aguiar, padr.: João da Silva Ribeiro de
Queiroz e Joana, filha de Estevão Rodrigues Branco.
1-1-8 José, em 26-12-1770.
B7: Igreja Nossa Senhora da Conceição (Carrancas,
Minas Gerais) aos 26-12-1770 N. Sra a Conceição as Carrancas, Jose, f.l.
Jose Correa de Arzão e Francisca de Souza, padr.: Jose Francisco a Cunha e D.
Josefa Maria de Moraes.
1-1-9 Antonio Correa de Souza, aos
26-09-1804 casou com Teresa Maria de Jesus, filha de André Gonçalves da Fonseca
e Ana Teresa de Jesus.
Casamentos - Sta Ana das Lavras do Funil, aos
26-09-1804 nesta matriz de S. Ana das Lavras do Funil Antonio Correa de Souza,
f.l. de Jose Correa Arsão e Francisca de Sousa; = cc. Teresa Maria de Jesus,
f.l. de Andre Gonsalves da Fonceca e Anna Teresa de Jesus. Nts/bts nesta.
1-2 Estevão, tambem citado na GP (SL. 7, 339, 4-2).
Estevão Correa de Arzão, natural da Parnaiba. Em Carrancas aos
06-06-1769 casou com Maria Leme da Silva, filha do Alferes José da Silva
Monteiro e Maria Leme de Siqueira.
B7: casamentos - Igreja Nossa Senhora da Conceição
(Carrancas, Minas Gerais) aos 06-06-1769 Estevam Correa de Arzam, n/b na
freg. de Santa Ana da vila de Parnaiba bispado de S. Paulo, f.l. Guilherme
Correa de Arzão e Escolastica Borges de Aguiar, já defuntos; = cc. Maria Leme
da Silva, f.l. Alf. Jose da Silva Monteiro e Maria Leme de Siqueira, n/b nesta
freguesia. Test..: Alf. Francisco Alves Landim e Jose Francisco da Cunha.
Pais de, q.d.:
1-2-1 Ana Hipolita de Arzão (ou Leme),
batizada em 21-12-1771. Aos 07-07-1786 casou com Manoel Alves Coutinho, filho
de Domingos Alves Coutinho e Izabel Barbosa,. família “André de Fontes”.
B7: Igreja Nossa Senhora da Conceição (Carrancas,
Minas Gerais) aos 21-12-1771 Ana, f.l. Estevão Correa de Arzão e Maria Leme,
padr.: Jose Correa de Arzão e s/m Francisca de Souza.
Pais de, q.d.:
Casamentos - Freguesia de N.S. da Conceição das
Carrancas e Sta Ana das Lavras do Funil, aos 07-07-1786 Ermida N.S. Rosario
filial desta paroquial, Manoel Alves Coutinho, f.l. Domingos Alves Coutinho e
Izabel Barbosa, n/b freg. Aiuruoca; = cc. Anna Hipolita de Arsão, f.l. Estevão
Correa de Arsão e Maria Lemes da Silva, n/b freg. Santa Ana Lavras do Funil
1-2-1-1 Manoel Alves Coutinho aos 10-02-1830
casou com Prudenciana Maria de Jesus, filha de João Naves Damasceno e Ana
Vitória de São Tomé, família “José Vieira da Cunha”.
B7: Igreja Nossa Senhora do Bom Sucesso (Bom
Sucesso, Minas Gerais) cas - aos 10-02-1830 Manoel Alz Coutinho, filho de
outro e Ana Hipolita Lemes = cc Prudenciana Maria de Jesus, f. de João Naves
Damaceno e Ana Vitoria de S. Tome, desta freguesia, test.: Manoel Jose Naves e
Francisco Dias Cravo.
Segue-se
neste aporte à Genealogia Paulistana,
de Silva Leme, a descrição feita por Bartyra Sette, dos demais filhos e
descendentes de Antônio Borges e Paschoa Martins, naturais de Parnaíba, São
Paulo, que, apesar de ter dado origem a linhagens importantes no passado e na
atualidade, em várias partes do Estado de Minas Gerais, aqui não foram citados.
Antonio Carlos de Oliveira Correa, boa tarde, hj em 2021, descobri que meus ascendentes sao da familia de Catherine de Sene, filha de Cornelio/Jose Correa Arzao e Francisca de Souza. Catherine de Sene casou-se com Jose Marques Vianna, filho de sabel Francisca Bicudo. encontrei os registros de casamento deles. meus pais falavam de uma fazenda dos Vianas, onde moravam, em Fama Alfenas.
ResponderExcluirMe chamo Sidnei Lefredo Padaratz, natural de Blumenau/SC. E também sou descendente de Cornélio de Arzão, o Flamengo, por parte de D.Suzanna. O ramo desta família chegou em Santa Catarina para ficar em São Francisco do Sul. Não tinha ciência deste meu ramo familiar até ir atrás de informações da família da mãe do meu avô materno, no Family Search. Os descendentes sem o sobrenome Arzão, em Santa Catarina, são incontáveis. Na linhagem de minha bisavós,o Arzão foi substituído por Alves de Andrade e depois por Alves,por razões que desconheço.
ResponderExcluirE-mail: sidpadaratz@gmail.com
Boa noite! Meu nome é Maria Isabel Ruiz Damasceno, e esta semana foi encontrado o registro de casamento de meus tataravós, através do Family Search: José Antonio de Souza e Vicencia de Oliveira e Souza, ocorrido em São João Del Rei-MG, em 01/03/1813. Consta no registro da igreja, Jose Antonio de Souza como filho de Joaquim Jose Correa e Maria Gomes da Rocha, ou seja, neto de Jose Correa Arzão e Francisca de Souza. Então, Joaquim José Correa não teve somente 01 filho, como citou acima. Teria como confirmar isso, por favor?
ResponderExcluirmeu nome eh Lea, sou descendente de Jose Correa Arzao, por Catarina de Sene, casada com Jose Marques Viana, em Carrancas.
ResponderExcluirobrigada pela pesquisa trazida ate nossa geracao. pesquisei muito antepassados em Carrancas e afirmo que as sua pesquisas da familia de Jose Correa Arzao estao corretas.
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