As investigações sobre os antepassados de algumas famílias
de Dores do Indaiá conseguiram avançar um pouco nos últimos tempos. Dentre
essas famílias, houve algum progresso referente às linhagens dos Costa Guimarães,
Pinto Coelho, Ribeiro, Oliveira, Couto, Tonaco e muitas outras. São poucas as obras que abordam a genealogia das famílias dorenses, dentre elas podemos citar o livro de Fenelon Ribeiro intitulado Povoamento e Colonização, Centro Oeste Além São Francisco, Dores do Indaiá. Fragmentos da Genealogia do Capitão Amaro da Costa Guimarães, publicado em 2006. O livro aborda apenas as linhagens do Capitão Amaro da Costa Guimaraes, o primeiro sesmeiro a habitar, ao lado de mais três irmãos, as terras à esquerda do alto rio São Francisco, na altura da passagem do Piraquara chegando até as fraldas da Serra da Saudade. Ribeiro
contabilizou 147 famílias que, direta ou indiretamente, são originárias do
português Jerônimo da Costa Guimarães (1698-1790), pai do Capitão Amaro.[1]
Santuário de São Torcato, Guimarães. |
Jerônimo da Costa Guimarães é originário da Freguesia de São
Torcato, termo da Vila de Guimarães, Arcebispado de Braga, Portugal.[2] Foi
batizado em 10 de dezembro de 1700, em São Torcato. Filho de João Lourenço da
Costa Souto e Jerônima Martins da Costa, de São Torcato. Vem de famílias distintas na região, de comerciantes bem sucedidos na área de vinhos, tecidos e comércio exterior variado. A família de sua mãe, Jerônima Martins da Costa, tem antepassados ilustres, dentre os quais muitos fidalgos e pessoas próximas à Coroa portuguesa.
Transcrevo aqui trecho do livro de Fenelon Ribeiro sobre alguns dos antepassados de Jerônimo da Costa Guimarães:[3]
Transcrevo aqui trecho do livro de Fenelon Ribeiro sobre alguns dos antepassados de Jerônimo da Costa Guimarães:[3]
“Filho de João
Lourenço da Costa Souto e Jerônima Martins, de São Torcato, esta falecida em 9
de maio de 1743, filha de Maria Martins, falecida em 1 de novembro de 1709,
filha de Martim Gaspar, falecida em 19 de junho de 1664, filho de Gaspar
Gonçalves e Helena Gonçalves, esta falecida em 1 de março de 1630, e Antônia
Gonçalves, falecida em 5 de outubro de 1675, esta filha de Salvador Gonçalves,
casado em 1600 com Perpétua Gonçalves Pires. Salvador era filho de Domingos
Gonçalves e Filipa Gonçalves Pires e Perpétua de João Pires e Catarina Pires.”
Freguesias de Guimarães, Portugal. |
Capela de São Torcato, Guimarães, Portugal. |
Altar onde está sepultado São Torcato. Seu corpo se mantem preservado |
Jerônimo emigrou para o Brasil, quando criança, no início do
século XVIII, não se sabendo a data precisa, estabelecendo-se em Queluz (atual
Conselheiro Lafaiete) juntamente com seus irmãos Domingos da Costa Guimarães,
Antônio da Costa Guimarães (1696-?) e Anna da Costa Guimarães (1696-?), cc.
Francisco de Freitas, em 16 de agosto de 1720. Teria também outro irmão,
Torquato da Costa Guimarães.[4]
Em que pese o importante trabalho realizado por Fenelon Ribeiro, que enriquece a história de algumas das famílias que contribuíram na colonização da região do Alto São Francisco, ele comete um equívoco ao descrever o personagem da história do Brasil de nome Domingos da Costa Guimarães. Fenelon considera este Domingos como sendo o tio de Jerônimo da Costa Guimarães, o mesmo personagem que participou ativamente no combate às tropas do corsário francês Duguay-Trouin, quando este invadira a cidade do Rio de Janeiro em 12 de setembro de 1711. Este Domingos da Costa Guimarães foi muito bem descrito por um dos primeiros historiadores brasileiros, Sebastião da Rocha Pitta, em sua obra História da América Portuguesa, publicada pela primeira vez em 1730, em Lisboa.5
O ano da invasão do Rio de Janeiro por Duguay-Trouin, 1711, corresponde ao período em que os Costa Guimarães já haviam se mudado de Portugal para Minas Gerais, talvez seja esta a causa principal do equívoco, além do nome. Com certeza, eram homônimos, pois o Domingos da Costa Guimarães, descrito por Rocha Pitta, que participou da luta contra o corsário francês não era habitante do Rio de Janeiro, mas de Salvador, na Bahia.
Duguay-Trouin, além da ambição de se enriquecer rapidamente no Brasil, tinha a missão dada pelo rei Luís XIV de criar uma colônia no Brasil, a França Antártica, principalmente como vingança por Portugal ter se aliado aos ingleses em diversas guerras contra a França, aliada da Espanha, além, é claro, de levar à expansão do império colonial francês. Duguay-Trouin tomou o Rio de Janeiro de surpresa, aproveitando-se da forte cerração que ocorria na baía de Guanabara nesta época do ano, que ia até altas horas da manhã. Entrou pela baía adentro, com diversos navios, armados de poderosos canhões, sem ser visto pelos soldados nos dois fortes que protegiam os dois lados da entrada da barra. Logo que a cerração começou a diminuir os navios começaram a bombardear a cidade, que foi pega de surpresa. Houve pouca resistência, pois ninguém esperava um ataque tão súbito, rápido e tão próximo daquele no qual o também francês Jean-François Duclerc havia fracassado no ano anterior. A cidade se rendeu sem praticamente resistência alguma, tendo em vista também que a maior parte da população da cidade havia fugido para as matas e montanhas das redondezas. O saque da cidade foi impiedoso, praticamente todas as casas foram invadidas e pilhadas. Todos os bens que poderiam ser transportados para os navios foram tomados.
A notícia da invasão chegou a Minas Gerais quase três semanas depois, o tempo que se gastava para, quando se utilizava o Caminho Novo, aberto por Garcia Paes, o filho de Fernão Dias Paes, e trajeto mais curto para se chegar às cidades do ouro, Vila Rica e Mariana. O governador Antônio de Albuquerque (o mesmo que, quando governava a Capitania do Rio de Janeiro, no ano anterior, sofrera o ataque de Duclerc) conseguiu, em poucos dias, congregar em torno de 4 a 5 mil combatentes (alguns autores falam até em 6 mil), em todas as cidades do cinturão de ouro das Minas Gerais. Aí se inclui a vila de Queluz, que enviou muitos de seus jovens para a defesa do Rio de Janeiro. Apesar das rivalidades entre paulistas e reinóis, senhores e escravos, esse exército incluía portugueses, paulistas, mamelucos, negros e uma tropa de índios flecheiros. É possível que entre esses combatentes estivesse o jovem Domingos da Costa Guimarães, o que também pode ter contribuído para o equívoco de Fenelon Ribeiro. Em toda a colônia portuguesa surgiu o sentimento nacionalista e a necessidade da defesa da pátria ameaçada. O fato é que quando essa grande tropa comandada por Antônio de Albuquerque se aproximava do Rio, a notícia chegou a Duguay-Trouin que ponderou seria melhor se retirar com as riquezas despojadas e tentar a invasão em outro local mais seguro. Antes de fugir, negociou muitas das riquezas roubadas em casas de pessoas ricas do Rio de Janeiro, com seus antigos proprietários, que tiveram, assim, de pagar novamente para reaver suas peças de valor.
Duguay-Trouin tentou a invasão de Salvador, mas o governo local, já sabedor da iminência da mesma, convocara um grande exército de portugueses, mamelucos, negros e índios para a defesa da cidade. A empreitada do francês não poderia ter sucesso frente a um exército muito superior em homens e conhecedor do território. No que se refere à nossa história é preciso se relatar que na Bahia já ocorriam inúmeras revoltas contra os portugueses e entre comerciantes e traficantes com os grandes senhores de engenho e fazendeiros. Isso acabou, algum tempo depois, por eclodir na Guerra dos Mascates.
Quando Duguay-Trouin, em novembro de 1711, ainda se encontrava no Rio de Janeiro, um dos personagens baianos que se destacou na ocasião, foi Domingos da Costa Guimarães, nosso homônimo, então um homem de negócios influente na cidade. Este Domingos, em associação a Luís Chafet e Domingos Gomes, intimaram o governador a armar o quanto antes um exército e uma esquadra para tentar reconquistar o Rio de Janeiro. Numa demonstração de fraqueza e medo, a proposta foi recusada pelo governador alegando falta de recursos, o que gerou insatisfação geral e revolta. Quando alguns grupos de cidadãos já se aprestavam para conseguir recursos e ajudar a resgatar a cidade do Rio de Janeiro, chegou a notícia de que Duguay-Trouin havia abandonado a cidade e se dirigia para o norte, exatamente para Salvador. A invasão da Bahia não ocorreu e Duguay-Trouin retornou ao seu país. Mas os ânimos em Salvador estavam exaltados e o governador mandou prender Domingos da Costa Guimarães, Luís Chafet e Domingos Gomes, acusando-os de motim. Em julgamento espúrio e sumário, condenou-os à perda de todos os seus bens e ao degredo perpétuo na África. Entretanto, o Conselho Ultramarino, em Lisboa, tomando ciência do que ocorrera, demitiu o governador por incompetência, mandou-o de volta para Portugal, libertou os prisioneiros, restituiu-os dos seus bens e lhes deu ainda mais do que tinham. Domingos foi aquinhoado com um emprego na cidade superior ao que poderia aspirar antes desses acontecimentos. Esses relatos de Rocha Pitta foram reproduzidos pelo historiador Pedro Calmon, autor de História do Brasil, de onde Fenelon Ribeiro extraiu seus dados e de onde, provavelmente, tirou suas conclusões equivocadas.6
O historiador mineiro, pioneiro na descrição de nossa história, Diogo de Vasconcelos, em seu História Antiga das Minas Gerais, publicado primeiro em 1901, com sucessivas edições nos anos seguintes, dedica um capítulo, "Expedição ao Rio", onde descreve a repercussão nas Minas Gerais da invasão da cidade do Rio de Janeiro e como foram rapidamente recrutadas as tropas pelo governador Antônio de Albuquerque. Descreve os nomes dos principais combatentes que saíram de Vila Rica, Ribeirão do Carmo (atual Mariana), São João do Rio das Mortes (atual São João del Rei), Sabará, Congonhas e outras vilas próximas. Não encontramos nenhum Domingos da Costa Guimarães, o que vem reforçar a nossa tese do equívoco cometido por Fenelon Ribeiro.7
Em que pese o importante trabalho realizado por Fenelon Ribeiro, que enriquece a história de algumas das famílias que contribuíram na colonização da região do Alto São Francisco, ele comete um equívoco ao descrever o personagem da história do Brasil de nome Domingos da Costa Guimarães. Fenelon considera este Domingos como sendo o tio de Jerônimo da Costa Guimarães, o mesmo personagem que participou ativamente no combate às tropas do corsário francês Duguay-Trouin, quando este invadira a cidade do Rio de Janeiro em 12 de setembro de 1711. Este Domingos da Costa Guimarães foi muito bem descrito por um dos primeiros historiadores brasileiros, Sebastião da Rocha Pitta, em sua obra História da América Portuguesa, publicada pela primeira vez em 1730, em Lisboa.5
O ano da invasão do Rio de Janeiro por Duguay-Trouin, 1711, corresponde ao período em que os Costa Guimarães já haviam se mudado de Portugal para Minas Gerais, talvez seja esta a causa principal do equívoco, além do nome. Com certeza, eram homônimos, pois o Domingos da Costa Guimarães, descrito por Rocha Pitta, que participou da luta contra o corsário francês não era habitante do Rio de Janeiro, mas de Salvador, na Bahia.
Duguay-Trouin, além da ambição de se enriquecer rapidamente no Brasil, tinha a missão dada pelo rei Luís XIV de criar uma colônia no Brasil, a França Antártica, principalmente como vingança por Portugal ter se aliado aos ingleses em diversas guerras contra a França, aliada da Espanha, além, é claro, de levar à expansão do império colonial francês. Duguay-Trouin tomou o Rio de Janeiro de surpresa, aproveitando-se da forte cerração que ocorria na baía de Guanabara nesta época do ano, que ia até altas horas da manhã. Entrou pela baía adentro, com diversos navios, armados de poderosos canhões, sem ser visto pelos soldados nos dois fortes que protegiam os dois lados da entrada da barra. Logo que a cerração começou a diminuir os navios começaram a bombardear a cidade, que foi pega de surpresa. Houve pouca resistência, pois ninguém esperava um ataque tão súbito, rápido e tão próximo daquele no qual o também francês Jean-François Duclerc havia fracassado no ano anterior. A cidade se rendeu sem praticamente resistência alguma, tendo em vista também que a maior parte da população da cidade havia fugido para as matas e montanhas das redondezas. O saque da cidade foi impiedoso, praticamente todas as casas foram invadidas e pilhadas. Todos os bens que poderiam ser transportados para os navios foram tomados.
A notícia da invasão chegou a Minas Gerais quase três semanas depois, o tempo que se gastava para, quando se utilizava o Caminho Novo, aberto por Garcia Paes, o filho de Fernão Dias Paes, e trajeto mais curto para se chegar às cidades do ouro, Vila Rica e Mariana. O governador Antônio de Albuquerque (o mesmo que, quando governava a Capitania do Rio de Janeiro, no ano anterior, sofrera o ataque de Duclerc) conseguiu, em poucos dias, congregar em torno de 4 a 5 mil combatentes (alguns autores falam até em 6 mil), em todas as cidades do cinturão de ouro das Minas Gerais. Aí se inclui a vila de Queluz, que enviou muitos de seus jovens para a defesa do Rio de Janeiro. Apesar das rivalidades entre paulistas e reinóis, senhores e escravos, esse exército incluía portugueses, paulistas, mamelucos, negros e uma tropa de índios flecheiros. É possível que entre esses combatentes estivesse o jovem Domingos da Costa Guimarães, o que também pode ter contribuído para o equívoco de Fenelon Ribeiro. Em toda a colônia portuguesa surgiu o sentimento nacionalista e a necessidade da defesa da pátria ameaçada. O fato é que quando essa grande tropa comandada por Antônio de Albuquerque se aproximava do Rio, a notícia chegou a Duguay-Trouin que ponderou seria melhor se retirar com as riquezas despojadas e tentar a invasão em outro local mais seguro. Antes de fugir, negociou muitas das riquezas roubadas em casas de pessoas ricas do Rio de Janeiro, com seus antigos proprietários, que tiveram, assim, de pagar novamente para reaver suas peças de valor.
Duguay-Trouin tentou a invasão de Salvador, mas o governo local, já sabedor da iminência da mesma, convocara um grande exército de portugueses, mamelucos, negros e índios para a defesa da cidade. A empreitada do francês não poderia ter sucesso frente a um exército muito superior em homens e conhecedor do território. No que se refere à nossa história é preciso se relatar que na Bahia já ocorriam inúmeras revoltas contra os portugueses e entre comerciantes e traficantes com os grandes senhores de engenho e fazendeiros. Isso acabou, algum tempo depois, por eclodir na Guerra dos Mascates.
Quando Duguay-Trouin, em novembro de 1711, ainda se encontrava no Rio de Janeiro, um dos personagens baianos que se destacou na ocasião, foi Domingos da Costa Guimarães, nosso homônimo, então um homem de negócios influente na cidade. Este Domingos, em associação a Luís Chafet e Domingos Gomes, intimaram o governador a armar o quanto antes um exército e uma esquadra para tentar reconquistar o Rio de Janeiro. Numa demonstração de fraqueza e medo, a proposta foi recusada pelo governador alegando falta de recursos, o que gerou insatisfação geral e revolta. Quando alguns grupos de cidadãos já se aprestavam para conseguir recursos e ajudar a resgatar a cidade do Rio de Janeiro, chegou a notícia de que Duguay-Trouin havia abandonado a cidade e se dirigia para o norte, exatamente para Salvador. A invasão da Bahia não ocorreu e Duguay-Trouin retornou ao seu país. Mas os ânimos em Salvador estavam exaltados e o governador mandou prender Domingos da Costa Guimarães, Luís Chafet e Domingos Gomes, acusando-os de motim. Em julgamento espúrio e sumário, condenou-os à perda de todos os seus bens e ao degredo perpétuo na África. Entretanto, o Conselho Ultramarino, em Lisboa, tomando ciência do que ocorrera, demitiu o governador por incompetência, mandou-o de volta para Portugal, libertou os prisioneiros, restituiu-os dos seus bens e lhes deu ainda mais do que tinham. Domingos foi aquinhoado com um emprego na cidade superior ao que poderia aspirar antes desses acontecimentos. Esses relatos de Rocha Pitta foram reproduzidos pelo historiador Pedro Calmon, autor de História do Brasil, de onde Fenelon Ribeiro extraiu seus dados e de onde, provavelmente, tirou suas conclusões equivocadas.6
O historiador mineiro, pioneiro na descrição de nossa história, Diogo de Vasconcelos, em seu História Antiga das Minas Gerais, publicado primeiro em 1901, com sucessivas edições nos anos seguintes, dedica um capítulo, "Expedição ao Rio", onde descreve a repercussão nas Minas Gerais da invasão da cidade do Rio de Janeiro e como foram rapidamente recrutadas as tropas pelo governador Antônio de Albuquerque. Descreve os nomes dos principais combatentes que saíram de Vila Rica, Ribeirão do Carmo (atual Mariana), São João do Rio das Mortes (atual São João del Rei), Sabará, Congonhas e outras vilas próximas. Não encontramos nenhum Domingos da Costa Guimarães, o que vem reforçar a nossa tese do equívoco cometido por Fenelon Ribeiro.7
Matriz de Queluz (Conselheiro Lafaiete, MG) no início do século XX. |
De acordo com o historiador Luís Gonzaga da Fonseca, em seu livro “História de Oliveira”, Antônio da Costa Guimarães e seus irmãos teriam requerido sesmaria, em 1703. Antônio teria fundado a Fazenda do Sobrado, no atual município de Carmópolis. Domingos da Costa Guimarães catequizava africanos e índios e teria construído uma ermida em capela em 1707, nesta localidade. Suas filhas teriam sido beneficiadas no testamento de Jerônimo e residiam em Cruz das Almas da Itabira, local não citado no "Dicionário Histórico e Geográfico de Minas Gerais", de autoria do prof. Waldemar de Almeida Barbosa.[13]
Região de Queluz, seus distritos e cidades vizinhas. Foto: José Marciano Pereira Brandão e Ana Luíza de Assis Brandão. |
O filho de Domingos, Manoel da Costa Guimarães, cc. Rosa
Maria de Oliveira, natural de Congonhas do Campo, residiu em Santo Amaro (atual
Queluzito). Outro filho foi o alferes Manuel da Costa Ribeiro, pessoa de prestígio
em Carmópolis de Minas. O terceiro filho, João, foi para Conquista, atual
Itaguara, onde fundou a Fazenda Cachoeira. Outros filhos de Domingos: Mariana,
Maria, Bento, Rosa e Silvestre.[7]
Esses dados requerem uma mais apurada revisão, dada a idade
assaz precoce de Jerônimo quando veio para o Brasil. Também não se sabe a razão da emigração de Jerônimo e seus irmãos de Portugal para o Brasil, já que sua família estava muito bem situada social e financeiramente no Porto e cidades próximas. Talvez a miragem do Eldorado tenha influenciado essas jovens mentes trazendo o sonho do enriquecimento rápido.
Capitania de Minas Gerais nos Fins da Era Colonial. Detalhe. Autor: José Ferreira Carrato, Ao lado do nome de diversas localidades observa-se a anotação da data de sua fundação. |
Segundo as genealogistas e historiadoras portuguesas Helena
Cardoso de Macedo Menezes e Maria Adelaide Pereira de Morais, autoras da obra
“Genealogias Vimaranenses”, referente aos habitantes da cidade de Guimarães,
Portugal, a família de Jerônimo da Costa Guimarães gozava de grande prestígio
em toda a região, incluindo a cidade do Porto. Esta obra foi editada em Braga,
em 1967, iniciando-se com as casas de Bouro de Baixo, Santo Ovídio e Courelas,
conforme dados a mim enviados pelo ilustre genealogista vimaranense Rui Faria,
em 2015. Maria Adelaide Pereira de Morais é também autora de outra obra de
grande importância: “Casas Velhas de Guimarães”.[8],
[9]
Transcrevo abaixo o email enviado pelo genealogista lusitano
Rui Faria, após ter tomado conhecimento de meu blog, assim como o da ilustre
genealogista Avelina Maria Noronha de Almeida, de Conselheiro Lafaiete:
“A Obra Genealogias
Vimaranenses, tem como autoras Helena Cardoso de Macedo Menezes e a Maria
Adelaide Pereira de Morais, estoutra insigne genealogista vimaranense, autora
da obra magna Casas Velhas de Guimarães. A obra foi editada em Braga em 1967 e
inicia-se com as casas de Bouro de Baixo, Santo Ovídio e Courelas.
Manuel Lopes, Senhor do casal de Bouro de Baixo, freguesia
de São Lourenço de Selho, concelho de Guimarães (casal foreiro aos religiosos
de São Bernardo, do Convento de Santa Maria de Bouro) «que procede de gente
muito antiga que há mais de trezentos anos vive do fruto das suas propriedades»[1], nasceu no
mesmo Casal e foi baptizado a 20-fevb-1663, aí falecido a 24-dez-1725, com
testamento, filho de António Lopes, do Casal do Assento, São João de Pencelo,
senhor do Casal do Bouro de Baixo, (onde faleceu a 03-jul-1686) e de sua mulher
Jerónima Martins, do Casal de São Martinho, São Cosme e São Damião de Lobeira
(aí recebidos a 01-jun-1659), faleceu no mesmo Casal do Bouro a 05-maio-1719;
neto paterno de Francisco Lopes, senhor do Casal do Assento, e de sua mulher
Helena Antunes. Casou na Igreja de São Torcato, a 18-nov-1696, com Ana da
Costa, nascida no Casal do Souto, freguesia de São Torcato, e batizada a
25-dez-1744, filha de Pedro Dias, do Casal do Bairro, em Selho (São Lourenço),
e morador no Souto, e de sua mulher (de quem foi 2º marido) Maria Martins, a Imaginária,
Senhora do Casal do Souto; neta paterna de Domingos Dias, do casal de Cezil, da
freguesia de Azurém (São Pedro), e de sua mulher Margarida Martins, Senhora do
Casal do Bairro; neto materno de Martim Gaspar, oleiro, e de sua mulher Antónia
Gonçalves, Senhora do Casal do Souto.
Todos eram lavradores antigos, ocupando-se do amanho das
suas terras, sem nunca tratarem das alheias, tinham criados, bestas de sela,
nunca fizeram carretos e eram de sangue limpo[2].
Ana da Costa era irmã inteira de Bento da Costa Guimarães e
irmã uterina de Domingos da Costa Guimarães[3], abaixo
citados.
Entre os vários filhos de Manuel Lopes e de sua mulher Ana
da Costa temos Luís da Costa Guimarães, que foi fidalgo cavaleiro da Casa Real
(alvará de 28-set-1750), Familiar do Santo Ofício (1728 – Maço 16.Diligência
229 – Torre do Tombo), Cavaleiro da Ordem de Cristo, duas vezes procurador da
Junta do Porto. Muito novo foi para a baía, aí vivia na freguesia de Nossa
Senhora da Conceição, onde tinha uma loja de fazendas secas e suas carregações,
dando, juntamente com os irmãos e tios, princípio à sua grande casa. Voltando
ao reino foi viver para a casa da viúva de seu tio materno Domingos da Costa
Guimarães e sempres e tratou nobremente. Nasceu no Casal do Bouro de Baixo a
29-set-1700 e faleceu no Porto, na sua casa da rua do Cahafariz de São
Domingos, a 11-jun-1770. Casou na freguesia de Aveleda, Lousada, a
24-maio-1740, com sua prima co-irmã Dona Luísa da Costa e Sousa, Senhora da Casa
de Santo Ovídio; Lousada[4], nasceu no
Porto, no Chafariz de S. Domingos, a 11-jul-1707 e faleceu na sua casa de Santo
Ovídio a 02-abr-1748, filha de Bento da Costa Guimarães[5], acima
citado, Familiar do Santo Ofício (1702 – Maço 4, Diligência 75 – Torre do
Tombo), Almotacé e Moedeiro na cidade do Porto, e de sua mulher D. Luísa
Correia de Almeida e Sousa, senhora da Casa do Santo Ovídio (recebidos em São
Paio de Casais, Lousada, a 14-nov-1705), Neta paterna dos acima citados Pedro
Dias e de sua mulher Maria Martins, senhora da Casa do Souto, São Torcato; neta
materna de Domingos Pinto, natural da Aldeia do Barreiro, freguesia de São
pedro de Caíde, comarca de Sousa ferreira, e de sua mulher Maria Teixeira de
Sousa, senhora da casa de Santo Ovídio.
[1] Jacinto da
Silva Vaz, Para dar notícia da ascendência e procedência desta casa,
manuscrito.
[2] Processos
de Familiares do santo Ofício dos seus descendentes (Torre do Tombo)
[3] Domingos da
Costa Guimarães nasceu no casal do Souto, São Torcato, e faleceu no Porto, na
sua casa da Rua do Chafariz de São Domingos, a 06-out-1712, filho de Francisco
Gonçalves do Casal da Codeceda, em São Torcato, primeiro marido de Maria
Martins, a Imaginária (cf. Supra); neto paterno de Simão Gonçalves, do Picouto
Gominhães, e sua mulher Isabel Gonçalves, da Codeceda. Foi Familiar do Santo
Of+icio (carta de 08-jul-1700 – Maço 3, Diligência 198 – Torre do Tombo) e
negociante muito rico no Porto tendo também estado no Brasil. Casou duas vezes:
a 1ª na Sé do Porto, a 11-maio-1680, com Luísa Ferreira de Azevedo, viúva que
ficou de António de Azevedo Soares, filha de Manuel Ferreira Setuval, de
Setúbal, e mulher Maria de Sousa Saraiva do Porto, e a 2ª na Sé do Porto, a
16-jun-1703, com Maria de Meireles do Espírito Santo, nasceu em São Nicolau, do
Porto, a 23-mar-1676, viúva de João Batista de Meireles (com quem casou em São
Nicolau a 24-mar-1694), filha de Martinho Lopes da Fonseca e de sua mulher
Maria Coelho. Dos dois casamentos teve geração, sendo do 2º o beneficiado
Domingos da Costa Guimarães, nasceu no Porto, ao Chafariz de S. Domingos, a
26.out-1707; o Padre Manuel da Costa Guimarães, abade de Cidadelhe, nasceu na
mesma casa a 25-fev-1708; e Dona Francisca Joana da Costa, casada com Gonçalo
Meireles Guedes, Fidalgo da Casa Real, 4º administrador do Morgadio da Aveleda.
Deste casal são descendentes, entre outros: todos os Guedes da Aveleda nos seus
diversos ramos (Guedes da Silva de Almeida, Van Zeller Guedes; Guedes Leitão;
Nobre Guedes; Guedes da Silva da Fonseca; Guedes Martel Patrício, a actual
Marquesa de Borba, Guedes da Cunha Monteiro, Guedes Canavarro), um ramo dos
Albuquerques do Amaral Cardoso, os Corte Reais da Casa de Linhares (Corte Real
Cayola da Mota, Corte-Real Gomes, etc.); os Cirne Madureira, da casa do Paço
das patas etc. etc.
[4] «Pedra de
Armas do Concelho de Lousada» por Vaz-Osório da Nóbrega.
[5] Bento da
Costa Guimarães foi o filho mais novo de Pedro Dias e de sua mulher Maria
Martins, a Imaginária , nasceu no casal do Souto, São Torcato, a
10-jul-1674; muito novo saiu de casa e foi para o Porto, como caixeiro de seu
meio-irmão Domingos da Costa Guimarães (cf. Supra). Por morte de seu irmão,
sucedeu na casa e nela foi mercador de loja aberta. Enriquecendo, largou, em
1720, a loja e pôs-se a mercador de sobrado, negociando para o Brasil em grande
escala, entrando com a restante família na sociedade de carregações, faleceu no
Porto, na casa da rua do Chafariz de São Domingos, a 21-jun-1732.”
Duas informações me chamaram a atenção nesses textos:
1- «que procede de gente muito antiga que há mais de trezentos anos vive do fruto das suas propriedades». Como se tratam de pessoas nascidas no século XVII, pode-se, claramente, deduzir que essas famílias residiam na região desde o século XIII, o que também nos leva a supor, que foram contemporâneas do rei D. Dinis (1271-1325), conhecido como "O Lavrador", sexto rei de Portugal, num longo e prolífico reinado, no qual foi dada grande ênfase no desenvolvimento da agricultura portuguesa;
2- "Todos eram lavradores antigos, ocupando-se do amanho das suas terras, sem nunca tratarem das alheias, tinham criados, bestas de sela, nunca fizeram carretos e eram de sangue limpo." Aqui se evidencia que eram proprietários de suas terras, tinham posses e não eram de descendência judaica (ter sangue limpo), revelando o forte preconceito anti-judaico prevalente em Portugal por muitos séculos (só desapareceu no século XX, mesmo assim, com alguns bolsões de resistência anti-semita).
Duas informações me chamaram a atenção nesses textos:
1- «que procede de gente muito antiga que há mais de trezentos anos vive do fruto das suas propriedades». Como se tratam de pessoas nascidas no século XVII, pode-se, claramente, deduzir que essas famílias residiam na região desde o século XIII, o que também nos leva a supor, que foram contemporâneas do rei D. Dinis (1271-1325), conhecido como "O Lavrador", sexto rei de Portugal, num longo e prolífico reinado, no qual foi dada grande ênfase no desenvolvimento da agricultura portuguesa;
2- "Todos eram lavradores antigos, ocupando-se do amanho das suas terras, sem nunca tratarem das alheias, tinham criados, bestas de sela, nunca fizeram carretos e eram de sangue limpo." Aqui se evidencia que eram proprietários de suas terras, tinham posses e não eram de descendência judaica (ter sangue limpo), revelando o forte preconceito anti-judaico prevalente em Portugal por muitos séculos (só desapareceu no século XX, mesmo assim, com alguns bolsões de resistência anti-semita).
Rui Faria, enviou-me mais dados por ele encontrados, em janeiro de 2016. Faz um retrospecto dos antepassados de Jerônimo da Costa Guimarães, até seu bisavô, Gonçalo da Costa. Transcrevo abaixo a mensagem enviada pelo grande genealogista de Guimarães, Portugal:
"A certeza que fica, e de que faço prova documental coeva, é que Gonçalo da Costa nasceu na freguesia de São Salvador de Souto, Guimarães. Desconheço de momento qual a sua filiação, todavia, estou em crer pertencer à geração dos Costas, senhores da fazenda da Costa na dita freguesia, de cujo topónimo tomaram o apelido.
Gonçalo da Costa contratou seu matrimónio com Senhorinha Francisca, natural do casal da Porta, em Prazins (Santo Tirso), onde casaram cerca de 1620 e residiram até 1629. Após esta data passaram à freguesia de Souto (São Salvador), onde residiram pelo menos até 1634, e daqui para o lugar da Venda, freguesia de São João de Ponte. Gonçalo da Costa foi contratador de rendas, vulgo, rendeiro, o que poderá explicar a migração da família por três paróquias distintas, embora contíguas.
Sua filha Maria Francisca nasce ainda no casal da Porta:
«Maria filha de Gonçalo da Costa e de sua mulher Senhorinha Francisca foi batizada por mim, Francisco Rebelo de Valadares, abade de Prazins aos 26 de agosto do ano de mil e seiscentos e vinte e sete. Foram padrinhos Domingos Peres da freguesia de São João de Ponte e Ana, moça solteira, da Porta, desta freguesia» (AMAP: Paroquial n.º 648, fls. 4, n.º 1.)
Gonçalo da Costa contrata o casamento de sua filha Maria Francisca, com o filho varão da casa da Veiga, em Azurém, João Lourenço. O casamento realiza-se em São João de Ponte cerca de 1646, onde o pároco, Paulo de Araújo, por lapso, não lavrou o registo. Após o casamento estableceram residência no casal da Veiga de Baixo, onde nasceu a prol. O casal da Veiga de Azurém fica situado numa ampla veiga que ladeia uma das vertentes do imponente Castelo de Guimarães. É nesta casa que nasce o primogénito, João Lourenço da Costa, batizado a 10-mar-1647 e recebendo-se em São Torcato a 12-out-1681, com a senhora herdeira da casa do Souto, Jerónima Martins da Costa. Estes são os pais de Jerónimo da Costa Guimarães
João Lourenço da Costa, era irmão inteiro do Padre Pedro da Costa de quem sobrevive o documento da habilitação."
Como se pode deduzir, a família de Jerônimo da Costa Guimarães
vem de uma importante linhagem de São Torcato, Guimarães. Alguns de seus tios
tornaram-se influentes comerciantes, depois que se mudaram para a cidade do
Porto, como Bento da Costa Guimarães e Domingos da Costa Guimarães (homônimo de
seu irmão). Domingos chegou a morar por algum tempo no Rio de Janeiro, montando empresa de comércio internacional, mas
depois retornou ao Porto, continuando no mesmo ramo. Todos enriqueceram em suas atividades comerciais.
Fotos acima: Porto, Portugal. Fotos: Antônio Carlos Corrêa e Silvia Teodoro de Oliveira |
Aos que se interessam pela genealogia de Jerônimo da Costa Guimarães recomendamos uma visita ao site Family Search, de propriedade da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o maior site mundial voltado para o tema, cujo link encontra-se abaixo:
https://familysearch.org/tree#view=ancestor&person=KNJ1-YR1&spouse=KNJP-7NK&parents=KNVC-ZNB_KNYX-7X5
Esses dados fornecidos por Rui Faria foram por mim comprovados quando acessei o site do Centro de Estudos de Genealogia e Heráldica (www.arede.eu/img/CADERNOS_ BARAO_DE_AREDE_5.pdf), de onde foram obtidas essas informações.
Pode-se especular o motivo pelo qual os irmãos de Jerônimo vieram para o Brasil e o trouxeram ainda muito pequeno. Se tivessem ficado em Portugal teriam tido o sucesso comercial de seus tios? Jamais o saberemos. O que sabemos é que Jerônimo da Costa Guimarães tornou-se o genearca de inúmeras famílias em Minas Gerais em diversas cidades do Sul, Campos das Vertentes, região de Vila Rica, Alto São Francisco, tais como Queluz (Conselheiro Lafaiete), Carmópolis, Congonhas do Campo, Dores do Indaiá, Luz, Bom Despacho e muitas outras. Seu legado, assim, foi incomparavelmente maior, e não pode ser avaliado em termos de patrimônio material.
https://familysearch.org/tree#view=ancestor&person=KNJ1-YR1&spouse=KNJP-7NK&parents=KNVC-ZNB_KNYX-7X5
Esses dados fornecidos por Rui Faria foram por mim comprovados quando acessei o site do Centro de Estudos de Genealogia e Heráldica (www.arede.eu/img/CADERNOS_
Pode-se especular o motivo pelo qual os irmãos de Jerônimo vieram para o Brasil e o trouxeram ainda muito pequeno. Se tivessem ficado em Portugal teriam tido o sucesso comercial de seus tios? Jamais o saberemos. O que sabemos é que Jerônimo da Costa Guimarães tornou-se o genearca de inúmeras famílias em Minas Gerais em diversas cidades do Sul, Campos das Vertentes, região de Vila Rica, Alto São Francisco, tais como Queluz (Conselheiro Lafaiete), Carmópolis, Congonhas do Campo, Dores do Indaiá, Luz, Bom Despacho e muitas outras. Seu legado, assim, foi incomparavelmente maior, e não pode ser avaliado em termos de patrimônio material.
Jerônimo da Costa Guimarães casou-se com Damiana de Jesus (também foram encontradas referências de que seu nome seria Damiana Roza de São José) no
dia 1º. de novembro de 1733, na Matriz de Queluz. Ela era natural da Freguesia
de São Miguel de Urrós, Vale do Arouca, bispado de Lamego, Portugal. Filha de
Manoel Pereira de Azevedo (por alguns anotado como Brandão) e Jerônima do Pinho, nasceu em 1705 e faleceu em 23 de
abril de 1798, em Queluz, deixando testamento.
Santuário de N.S. dos Remédios, Lamego, Portugal. |
Damiana Roza de São José (ou de Jesus) teve os seguintes irmãos, todos batizados em São Miguel de Urrós: Manoel Pereira Brandão (batizado em 9 de janeiro de 1706), Damiana (batizada em 12 de janeiro de 1711), João de Santa Gertrudes (batizado em 6 de março de 1713, Alexandre Pereira Brandão (batizado em 28 de outubro de 1714), Theodósio Pereira Brandão (batizado em 11 de maio de 1717), Roza Maria de São José (batizada em 13 de março de 1720) e Maria do Pinho (batizada em 1722). Os irmãos de Damiana deram origem a diversas famílias em Minas Gerais, abaixo relacionadas:
1- De Manoel Pereira Brandão não dispomos de maiores informações.
2- De João de Santa Gertrudes também não dispomos de maiores informações.
3- Alexandre Pereira Brandão foi casado com Ritta de Jesus Maria. Habilitou-se para receber ordens em 1743, no Bispado do Rio de Janeiro, não chegando a ordenar-se padre.
4- Theodósio Pereira Brandão foi casado com Anna Thereza de São José, natural do Rio de Janeiro. Licenciou-se em cânones pela Universidade de Coimbra. Obteve sesmaria de terras junto à capela de São Gonçalo, na Freguesia de Carijós (depois Queluz). Este casal deu origem à numerosa família dos Pereira Brandão, até hoje de grande destaque na região de Queluz (Conselheiro Lafaiete).
5- Roza Maria de São José, casada com José Henriques de São Francisco, natural de Santa Maria de Pegueiros, bispado do Porto, Portugal. Deste casal teve origem o numeroso e conhecido clã da família Henriques Pereira, das cidades de Capela Nova, Itaverava, Guarapiranga, São João Nepomuceno, Leopoldina, Queluz, Queluzito, e Caranaíba (MG).
6- Maria do Pinho, casada com José da Costa Ribeiro, natural da cidade do Porto, Portugal. José obteve carta de sesmaria, em 1760, em cujas terras desenvolveu-se o arraial do Japão, atual Carmópolis de Minas.[10]
O casal Jerônimo e Damiana teve os seguintes filhos: Maria
da Costa Assunpção, Joaquim da Costa Guimarães, Manoel de Santa Gertrudes (Frei
Manuelsinho, do Convento de Santo Antônio, Rio de Janeiro), José da Costa
Guimarães, Páschoa Maria de Jesus, João da Costa Guimarães, Jerônima Maria da
Conceição, Amaro da Costa Guimarães, Anna Maria de Jesus e Francisca.[11]
Destes filhos, quatro se tornaram desbravadores dos sertões
do Campo Grande, região a oeste do rio São Francisco, não distantes de suas nascentes: Joaquim, José, João e
Amaro. Foram os primeiros sesmeiros a se estabelecer e permanecer na região,
sendo considerados, oficialmente, os pioneiros da cidade de Dores do Indaiá. [12],
[13], [14], [15]
Do Capitão Amaro da Costa Guimarães, oitavo filho de
Jerônimo, já escrevemos em outras postagens deste blog, dada sua importância na
fundação da cidade de Dores do Indaiá, ao lado de outros sesmeiros.
Páschoa Maria de Jesus, a quinta filha de Jerônimo, nasceu
em 1741 e casou-se em 1761 com Luiz de Almeida, natural de Óis da Ribeira,
Concelho de Santo Adrião, Coimbra, Portugal. Ele era filho de Braz Ferreira e
de Antônia de Almeida, e faleceu em 1815 em Queluz. Deixou grande descendência em
Conselheiro Lafaiete (Queluz).
Brazão de Óis da Ribeira, Coimbra, Portugal. |
Páschoa e Luiz de Almeida tiveram dois filhos:
1 – Custódia Maria de São José (ou Custódia Luiza de
Sant’Anna) nascida em 30 de novembro de 1766, em Carijós (depois Queluz e mais
tarde Conselheiro Lafaiete), MG, onde nasceram todos os seus filhos, casada
com Domingos Gonçalves Machado.
2 - Manoel Albino de Almeida (guarda-mor),
nascido em 3 de agosto de 1774, casado com Francisca Cândida Xavier Noronha,
falecido em 7 de maio de 1850.[16]
Sobre os antepassados de Luiz de Almeida, recebi por email,
numa cortesia da já citada genealogista Avelina Maria Noronha de Almeida, os
seguintes dados:
GENEALOGIA MINEIRA
Região Sudeste - Genealogias
Marco Polo T. Dutra Silva
GONÇALVES MACHADO
Domingos Gonçalves Machado foi casado com Ângela Dutra. Nasceram e viviam na freguesia de Santa Catarina de Castelo Branco,
ilha do Faial.
Pais de:
1.1 Domingos Gonçalves Machado, nascido em Santa Catarina de Castelo
Branco e casado com Ana Teresa de São José, nativa da freguesia de N. Sra. das
Angústias, na mesma ilha, filha de Antônio Dutra Branco e Páscoa Teresa.
Ela viveu em sua terra até os 18 anos de idade e dela veio para Santo
Antônio de Ouro Branco, onde morou por uns anos. Dali para Carijós, onde se
casou.
Fixaram residência no arraial de N. Sra. da Conceição do Campo Alegre
dos Carijós (MG). Domingos morreu no dia 10 de abril de 1755 (Óbitos, s/nº,
84v).
Ela foi depois casada com Teodósio Pereira Brandão, filho de Manuel
Pereira Brandão e Jerônima do Pinho. Vide a prole deles no tit. PEREIRA
BRANDÃO.
O primeiro casal teve:
2.1 José, batizado na matriz de N. Sra. da Conceição no dia 1º de junho
de 1744 (MG18.A2, 42).
2.2 Genoveva da Conceição, casada com Manuel da Costa Pereira, filho de
José da Costa Ribeiro e Maria do Pinho. Com a prole vista no tit. PEREIRA BRANDÃO.
2.3 Domingos Gonçalves Machado, casado na matriz de N. Sra. da
Conceição a 1º de outubro de 1783 (MG18.B1, 133v) com Custódia Luísa de Santa
Ana, nascida a 19 de agosto de 1763 (MG18.A3, 85v), filha de Luís de Almeida e
Páschoa Maria de Jesus.
A filha de Páschoa, Custódia e seu marido Domingos Gonçalves Machado,
se mudaram, em fins do século XVIII ou início do XIX, para a região do Rancho
da Boa Vista, futuro arraial de Dores do Indaiá. Seu genro, Manoel Alves
Cirino, um dos proprietários da Fazenda Cachoeira (provavelmente desmembramento
da sesmaria do tio de Custódia, Joaquim), foi um dos fundadores de Dores.
Custódia teve duas filhas: Teodora Cândida de São José, casada com
Felisberto Moreira da Silva, natural de Curral del Rey, e Eufrásia Silvéria de
São José, casada com João Ignácio de Oliveira Braga, natural de Queluz. João Ignácio era
filho do capitão Manoel José Braga, natural de Oliveira de Azeméis, Distrito do
Porto e Arcebispado de Braga, Portugal. O capitão era casado com Ana Thereza de Jesus, natural da Ilha do Fayal, Arquipélago dos Açores, Portugal. De João Ignácio e Eufrásia descendem os Oliveira de Dores do Indaiá. De acordo com o genealogista de Luz (MG), Iácones Batista Vargas, dessas duas filhas de Custódia descendem os
Carvalho, os Couto (de Luz, MG) e os Tonaco, de Dores do Indaiá. O capitão era casado com Ana
Thereza de Jesus, natural da Ilha do Fayal, Arquipélago dos Açores, Portugal.
Assim, fechamos mais um ciclo na história dos antepassados de famílias
de Dores do Indaiá.
Mapa do município de Dores do Indaiá, antes de 1923, com a demarcação aproximada das sesmarias dos irmãos Costa Guimarães. Fonte: Carlos Cunha Corrêa, Serra da Saudade, 1948. |
ANEXO
TESTAMENTO DE JERÔNIMO DA COSTA GUIMARÃES (Cortesia da genealogista
Avelina Maria Noronha de Almeida, de Conselheiro Lafaiete)
(Falta a folha em que se inicia o teor do testamento)
“... das tais despesas, e deferido assim o dito juramento,
mando se lhes passe quitação de contas corrente. = Meu cadáver será envolto na
mortalha ou hábito de meu Pai São Francisco, de quem sou professo na Terceira
Ordem e assento a sepultura no esquife destinado para tais funções, e isto na
capela do Senhor Santo Amaro, acompanhado do meu Reverendo Pároco, ou do
sacerdote que sua figura represente, e bem assim de mais seis sacerdotes, que
todos me dirão suas missas de corpo presente, e bem assim ordeno se me digam
sete oitavários, e todos eles compreendidos nos oito dias sucessivos ao do
sobredito meu funeral, em cujo ato outrossim ordeno se me distribuam doze
oitavas de ouro pelos pobres mendicantes apregados à dita capela, preferindo
viúvas e donzelas, recolhidas a arbítrio do meu testamenteiro, e entrevenção do
meu Reverendo Capelão, e se assistirá com cera com a todo indivíduo que
(ilegível) me acompanhar à sepultura, e de todo que levo dito se pagarão as
espórtulas costumeiras. = Declaro que estou casado na forma do Concílio
Tridentino com Damiana de São José, em cuja lida conjugal atualmente existimos,
e nela houvemos dez filhos que vivos existem, a saber: Frei Manoel de Santa
Gertrudes, religioso professo no Mosteiro de Santo Antônio na cidade do Rio de
Janeiro; José, Amaro, Joaquim, João, Maria, Jerônimo, Páscoa, Ana e Francisca,
os quais chamo, e instituo por meus legítimos e necessários herdeiros, cada um
na parte que por direito lhe pertence nomeação dos bens deste meu casal sou
meeiro com a dita minha Consorte, e isto por benefício de inventário, e suas
partilhas, de cuja meação, que assim me pertencer, depois de pagas minhas
dívidas antigas e funeral. Reservo a minha terça para dela dispor na
conformidade da minha vontade e benefício do meu espírito. = Declaro que, em
razão de ter eu testador dado estado conjugal às ditas minhas filhas Maria,
Jerônima e Páscoa, as quais dotei com alguns escravos e outros bens móveis.
Ordeno que entre com os tais bens para a fatura do inventário para efeito de si
lhe levar em conta esses mesmos bens em suas legítimas Paternas em ordem a
igualdade que desejo tenham nelas, quando se sintam gravados ou lesos ficarão
com os tais bens assinando termo de abstenção de herança para em tal caso não
entrarem a colação e conferencia com os mais meus sob ditos que herdeiros, dos
quais totalmente excluo a parda Maria, casada com Manoel Lopes dos Santos, eu
dizem ser minha filha natural havida em tempo de meu celibato pela haver dotado
com equivalente a respeito dos mais meus filhos legítimos. = Item que os bens
móveis semoventes de raiz, e de terceira espécie, que atualmente possuo neste
meu casal devem (ilegível) daqueles que por meu falecimento se acharem e forem
dados a Inventário nos quais tenho igual parte vem a dita Consorte de cujo
saldo se pagarão todas as dívidas ativas e o meu funeral e dividido em líquido
por duas partes iguais, de uma delas que me pertencia tirada as duas partes
relativas a meus herdeiros, de uma delas, que é da minha terça, disponho pela
maneira seguinte: Ordeno se mandem dizer oitocentas missas no Convento de Santo
Antônio da cidade do Rio de Janeiro, segundo a minha intenção, esmola de
trezentos e oitenta reis de prata para que sem demora se celebrem. - Deixo aos
santos lugares de Jerusalém quarenta mil reis, que sem falência se entregarão
ao Síndico Geral morador na cidade do
Rio de Janeiro = Deixo ao Santo Hospital de Vila Rica trinta mil reis para cura
dos pobres enfermos = Deixo ao Santo Amaro colocado na capela donde eu
testador, sou filial, para ajuda de pintar o seu retábulo, trinta mil reis =
Deixo à Santa imagem do Senhor de Matosinhos colocado na sua capela de
Congonhas vinte mil reis = Deixo para redenção dos cativos vinte mi reis, que
se entregarão ao (ilegível) deles morador na cidade do Rio de Janeiro = Deixo a
quatro órfãs donzelas recolhidas minhas
sobrinhas à eleição de meus testamenteiros vinte e cinco mil reis a cada
uma = Deixo ao Senhor dos Passos colocado
no seu altar na Paróquia de Carijós, dez mil réis = Deixo à Senhora do Monte do
Carmo, colocada na sua capela do Arraial dos Carijós, dez mil reis = Deixo á
mesma Senhora do Monte do Carmo, colocada na sua Igreja de Vila Rica, vinte mil
reis = Deixo a São Francisco de Assis colocado na sua Igreja de Vila Rica vinte
mil reis = Deixo se repartam cinqüenta mil reis por donzelas recolhidas desta Freguesia de Carijós, das
mais pobres que houverem, preferindo as minhas parentes a arbítrio dos meus
testamenteiros = Cumpridas assim na (seguem-se duas linhas ilegíveis) casas
pias, que se entenderão por uma vez somente por resto pois que ficar de minha terça, chamo, primeiro, e instituo
por herdeiros universais desse mesmo resto as sobreditas minhas filhas Ana e
Francisca em partes em partes iguais =
Ordeno se paguem quaisquer dívidas que pedidas forem por pessoas de reconhecida
verdade, e exemplar conduta, das que chamamos módicas deferindo-se-lhes
primeiro juramento supletório = Revogo, e hei por abolidos e derrogados, todos
quaisquer testamentos (ilegível) que antes eu tenha feito, porquanto neste meu
solene testamento, que hora mandei escrever por Manoel Ribeiro Guimarães mando,
e espero, se-lhes dê inteiro cumprimento da Justiça, e tenho toda a força e
vigor, como disposições que são dirigidas pelos ditos de minha própria vontade
na conformidade da qual hei por indo e acabado o presente meu testamento, e
tenha toda a força e vigor, como disposições que são dirigidas pelos ditos de
minha própria vontade na conformidade da qual
hei por findo e acabado o presente meu testamento em que me assinei com
o dito amanuensse. Campo de Santo Amaro vinte e dois de janeiro de 1781. (as)
Jerônimo da Costa Guimarães; que este testamento escrevi a rogo ........ do
sobredito testador (as.) Manoel Ribeiro Guimarães. Adição: Deixo a Damianna,
minha afilhada, filha do falecido Antônio Forte, quarenta mil reis = Deixo a
meu filho Frei Manoel de Santa Gertrudes, Religioso no Convento de Santo
Antônio do Rio de Janeiro, vinte mil reis para seu tabaco e lenços = Deixo ao
Hospital dos Irmãos Terceiros da Ordem Seráfica da cidade do Rio de Janeiro,
vinte mil reis = Deixo a minhas duas netas e afilhadas Custódia e Josefa,
filhas de minha filha Páscoa, vinte mil reis a cada uma = Finalmente declaro
que as minhas quatro sobrinhas, de que faz menção a verba supra, filhas de meu
irmão já falecido Dominós da Costa Guimarães moradoras na Cruz das Almas da
Itabira, era dia ut supra, Jerônimo da Costa Guimarães, em que esta adição
escrevi a rogo do sobredito testador Manoel Ribeiro Guimarães.
Saibam quantos este público instrumento de aprovação do
testamento virem que sendo no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de
mil setecentos e oitenta e um anos aos vinte e três dias do mês de Janeiro do
dito ano nesta Freguesia de Nossa Senhora da Conceição dos Carijós, em casas de
morada do testador Jerônimo da Costa Guimarães, donde eu tabelião adiante
nomeado fui chamado, e sendo aí achei o dito Jerônimo da Costa Guimarães
doente, porém em seu perfeito juízo, segundo meu parecer pelo acordo com que me
falava, e as perguntas que lhe fiz e as respostas que me deu e logo da sua mão
à minha me passou três folhas de papel inteiras e cinco laudas e assim mais uma
adição que consta de dezessete regras escritas que ao pé delas principia esta
aprovação; declaro que as ditas laudas vão rubricadas com a minha firma que
diz: Cunha, dizendo-me que (ilegível) seu testamento fora lhe dotado a Comarca
de Vila Rica tinha sido equivocação de quem escrevera porquanto realmente tinha
sido este termo de São José, Comarca do Rio das Mortes, e que este era o seu
testamento e última vontade em que tinha disposto todo bem de sua (ilegível)
temporais e que a havia mandado fazer por o Tenente Manoel Ribeiro Guimarães, e
assinou ele testador de sua própria mão, dizendo-me que para mais validade
queria que eu lhe aprovasse e e por este havia derrogado quaisquer outros
testamentos manda, ou Codicílio, que antes deste haja feito, e somente quer que
este valha, e assim o pede as Justiças de Sua Majestade, que Deus guarde, lhe
façam dar todo o seu inteiro e devido cumprimento a quanto neste testamento
declara e que ele testador que este não seja sido aberto nem publicado sem que
Deus o leve da vida presente. Declaro que as ditas laudas vi e passei com os
olhos, e nem achei cousa que dúvida faça, nem impeça a sua validade e para fé
de meu oficio, e autoridade judicial que tenho fiz esta aprovação em presença
das testemunhas abaixo assinadas, o Alferes Manoel José Braga, Francisco
Rodrigues Xavier, Antonio Rodrigues Dutra, Manoel Pereira Lagoa, Pedro José da
Costa, pessoas todas, de mim tabelião, reconhecidas, e terem (ilegível) de mais
de quatorze anos, eu José da Cunha, Tabelião das aprovações com provisão do
Senado da Câmara da Vila de São José da Comarca do Rio das Mortes, que assinei
em público e raso com as testemunhas de verdade – José da Cunha, Jerônimo da
Costa Guimarães e outros.”
“Termo da Abertura =
Aos dezessete dias do mês de outubro de 1790 anos, nesta Real Vila de Queluz,
Minas, e Comarca do Rio das Mortes, em casas de residência do capitão-mor José Rodrigues
da Costa, atual Juiz Ordinário com alçada no cível e crime por eleição na forma
da Lei na mesma Real Vila de Queluz, e seu termo, donde eu, Tabelião abaixo
nomeado fui vindo em razão do meu ofício; e me achava, e sendo ali, vejo e
compareceu presente José Luís da Silva homem branco morador na Aplicação de
Santo Amaro, filial desta Vila, e aí em presença de mim Tabelião por ele foi
dado ao sobredito Ministro este testamento, dizendo que era o solene
testamento, como que havia falecido da vida presente Jerônimo da Costa
Guimarães, morador que foi naquela aplicação da capela de Sato Amaro, e que ele
Ministro fosse servido abrir o mesmo testamento paras seguir as disposições do
testador, e recebendo do dito Ministro o dito testamento pelo achar fechado e
lacrado na forma que o havia preparado o Tabelião que o aprovou como dele deve
o distribuiu a mim Tabelião o abriu, (ilegível) com um canivete em os termos, e
para assim constar me mandou fazer este termo de abertura em que assinou o
mesmo Ministro com o apresentante (segue-se uma linha ilegível) presente termo
de abertura, que Manoel Ignácio Valadan, Tabelião Público do Judicial que
escrevi. (a) Costa. (a) José Luiz da Silva.”
[1]
Ribeiro, Fenelon. Povoamento e
Colonização, Centro Oeste Além São Francisco, Dores do Indaiá. Fragmentos da
Genealogia do Capitão Amaro da Costa Guimarães. Belo Horizonte. Gráfica e
Editora o Lutador, 2006 (Pp. 129-134).
[3]
Idem (Pp.30-31).
[4]
Idem (Pp.37-39)
[5]
Rocha Pitta, Sebastião. História da América Portuguesa. Belo Horizonte. Ed. Itatiaia; São Paulo, Ed. da Universidade de São Paulo, 1978. pp.253-7.
[6] Calmon, Pedro. História do Brasil. Com 940 ilustrações. Século XVII. Conclusão. Formação Brasileira. Século XVIII. Riquezas e Vicissitudes. Vol. III. Rio de Janeiro. Livraria José Olympio Editora, 1959. pp.986-996.
[7]
Vasconcelos, Diogo de. História Antiga das Minas Gerais. 4a. Edição. Belo Horizonte. Editora Itatiaia Ltda, 1999. pp.295-305.
[9]
Ver em: http://www.arede.eu/img/CADERNOS_BARAO_DE_AREDE_5.pdf
. (Pp. 19-21).
[10] Ribeiro, José Américo; Carvalho Brandão, Eduardo; Garcia Brandão, Olímpio. Caminhos do Cerrado. A trajetória da família Pereira Brandão. Belo Horizonte. Saltec, 2005.
[10] Ribeiro, José Américo; Carvalho Brandão, Eduardo; Garcia Brandão, Olímpio. Caminhos do Cerrado. A trajetória da família Pereira Brandão. Belo Horizonte. Saltec, 2005.
[11]
Ribeiro, Fenelon. Idem (Pp. 32-36).
[12]
Cunha Corrêa, Carlos. Serra da Saudade. Belo Horizonte. Imprensa Oficial, 1948.
(Pp. 160-3).
[13]
Barbosa, Waldemar de Almeida. Dicionário Histórico Geográfico de Minas Gerais.
Belo Horizonte. Editora Itatiaia Ltda., 1995. (Pp. 120-1).
[14]
Barbosa, Waldemar de Almeida. Dores do Indaiá do Passado. Belo Horizonte.
Editora do Autor, 1964. (p. 37).
[15]
Fiúza, Rubens. Do São Francisco ao Indaiá. História e Estórias de Dores do
Indaiá. Belo Horizonte. Editora do Autor, 2003. (Pp. 165-9).
[16]
Informação gentilmente enviada via email pela genealogista Avelina Maria
Noronha de Almeida, de Conselheiro Lafaiete. Ela descende de Manoel Albino de
Almeida.